Para não esquecer...

A LITERATURA FRANCESA


Nos anos 90, numa das minhas idas a Casas do Benfica, calhou ir a Bordéus (ainda que goste mais de grafar Bordeaux…). Aí, julgo que na Livraria Mollat (não tenho a certeza…), comprei uma história da literatura francesa de Kléber Haedens. Ignoro se o autor tem alguma credibilidade, mas, julgo que sim, pelo prefácio de Michel Déon, da Academia Francesa.

Napoleão sempre me fascinou um pouco, apesar de Balzac, n'A Mulher de Trinta Anos, arrasar o homem numa frase curta, mas incisiva (cito de cor) “baixo e gordo”…

Mas, referindo-se a Napoleão, diz Haedens:

“Napoleon dans ses discours et ses milliers de lettres, auxquelles il faut joindre Le Memorial de Sainte-Hélène, reste, avec le merveilleux Henri IV et avec Louis XIV, le meilleur de nos ecrivains parmi les chefs d´Etat” (pag. 218) 
(tradução livre: Napoleão, nos seus discursos e milhares de cartas, às quais é preciso juntar As Memórias de Santa Helena, é, com o maravilhoso Henrique IV e Luís XIV, o melhor dos nossos escritores homens de Estado). 
Quem diria que o Corso, um bruto, tinha sensibilidade para as letras?

Editada pela Grasset, Paris, em 1989, esta Uma História da Literatura Francesa tem uma edição disponível de 2007. A minha custou 58 francos (cerca de 8,8 €) a edição mais recente custa 13,40.

escrito por Carlos M. E. Lopes

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