O VIDRO
Do vidro tão frágil
se fez a garrafa,
O copo por onde bebo,
O espelho onde me vejo
e revejo…
a montra que me encanta,
a janela donde avisto o mar!
Do vidro tão frágil,
das taças a tilintar.
Ouço a música cantante
do champanhe
em dias de festa,
dentro delas a borbulhar…
Vidro frágil
quebrado, partido…
És tão parecido comigo
Com esta alma que tenho
Tão pobre, tão pouca.
Tão frágil, tão amena,
mas tão fácil de quebrar…
[Antunes, Nídia Horta. Sinfonia, 1991, s/l, s/e, p. 32]
escrito por Carlos M. E. Lopes
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