Para não esquecer...

A DEMOCRACIA E O CHEGA

Acho que não haverá muitas dúvidas quanto à natureza neofascista do partido Chega. Tem todas as características comuns aos partidos da direita radical, por essa europa fora. Identificar minorias, rejeitar os imigrantes, a teoria da substituição, a defesa da moral e anti-corrupção. Quem tenha lido um pouco da implantação do nazismo, na Alemanha, encontra semelhanças gritantes.
Defendo há muito que os regimes autoritários e de extrema direita, conforme desapareceram, poderiam reaparecer, desde que haja as condições para eles aparecerem. Ei-los.

A questão que se tem discutido ultimamente é se o Chega, face à nossa Constituição, deveria ter sido impedido de se formar. Diga-se que a Constituição fala de ideologista fascista, mas, em lado algum, se define o que isso seja.

A minha opinião sobre as barbaridades que, à vezes, se ouvem da boca do porta voz do Chega - um incontinente verbal mentiroso - é: deixá-lo falar! As ideias combatem-se com ideias e não com repressão, proibições ou criminalizações.

A implantação de um regime autoritário da direita radical (para usar um termo utilizado por Vicente Valentim), se calhar, é inevitável. E não é com repressão que se evita tal coisa. Sempre achei ridícula a palavra de ordem “fascismo nunca mais”. Não que não gostasse que isso se verificasse, mas porque não depende de nós, mas dos ventos da história. E os ventos da história, ainda ninguém os dominou.

escrito por Carlos M. E. Lopes

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