A Maria de Fátima Bonifácio fez-me lembrar o livro de Filosofia que comprei em 1971, de J. Bonifácio Ribeiro e José da Silva. Era o compêndio de Filosofia que se dava no Liceu, nos 6º e 7º anos. Apesar de ter dois autores e o último apelido ser Ribeiro, o livro era conhecido pelo “Bonifácio”. “Tens o Bonifácio, leste o Bonifácio”?
Alguns, armados, diziam “o Bonifácio é uma merda. Eu tenho o Saraiva”.
Em 1971 comprei o Bonifácio na Livraria Académica, em Faro, do Sr. Carapucinha. Em 1973, comprei o Saraiva, mas não sei onde. Provavelmente, na Silva. Havia, do 6º para o 7º ano, uma debandada geral para o Saraiva, embora o Bonifácio fosse para os dois anos finais do Liceu.
Ao folhear agora o Bonifácio, verifico que havia uma secção que tinha como título VIDA ACTIVA... e quais as partes que se dava? O instinto, o hábito, a vontade, a liberdade, a vontade e a personalidade. No que respeita à liberdade, esse capítulo estava riscado. Não sei o motivo. Teria sido o professor que teria dito que não era para ler? Terá sido por não se enquadrar nos parâmetros políticos do professor (do PCP)? Teria sido eu, armado em esperto, que achava que aquilo não valia a pena ler? Não faço ideia.
A Maria de Fátima Bonifácio teve este mérito: pôr-me à procura do Bonifácio.
[RIBEIRO, J. Bonifácio, DA SILVA, José, Compêndio de Filosofia, Livraria Popular de Francisco Franco, Lisboa, 1971]
[SARAIVA, Augusto, Filosofia, 7º ano Liceal, Editora Educação Nacional, Porto, 1972]
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