Lisboa: Objectiva, 1ª ed., 2023, 375 pp.
Ferro Rodrigues nunca foi pessoa que me tivesse entusiasmado, mas tive a sensação de que aquele episódio da Casa Pia não tinha jeito nem trambelho. Pelo que diz nestas memórias, tal episódio incomodou-o e muito. Se a escandaleira enche jornais, a absolvição ou a não confirmação dos factos da suspeita, nem uma nota de rodapé. Sempre assim foi e sempre assim será.
Mas estas memórias, que vão até à última ida à casa de banho, gostei delas. Ferro Rodrigues não se põe em bicos de pés, conta a sua vida normal, sem dramas nem heroísmos
(com mais dramas, pois o homem é do Sporting, com muito orgulho, diz ele).
A sua participação na vida política, os cargos que ocupou, como vê o mundo. Há um certo encantamento, até, pelo que conheceu por dentro do poder. Principalmente pela sua passagem por Paris.
No final, faz umas reflexões sobre a vida política, com interesse.
Lá esta ele por Almoçageme, com a sua Mena e a tribo familiar
(hein a que tantos!).
Bom descanso, Ferro Rodrigues! e parabéns por estas memórias. É bom conhecer um político normal.
escrito por Carlos M. E. Lopes
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