Para não esquecer...

As presidenciais e os resultados

Cavaco Silva foi eleito por maioria absoluta na primeira volta. Houve logo quem se lembrasse da vitória e da não coincidência entre maioria parlamentar, governo e presidente, um velho sonho de Sá Carneiro. Pura mentira. Há uma maioria no Parlamento, no Governo e na Presidência: a maioria de Sócrates! Sócrates foi o grande vencedor destas eleições. O seu candidato ganhou!

Parabéns, Sr. Sócrates! O país é seu!

escrito por Carlos M. E. Lopes

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Anónimo disse...

José (Sócrates) é um homem caprichoso; discorre em torrentes de gritos crispados, como se os nossos tímpanos, pela incidência, fossem o seu despojo de guerra.
Não sei se nos quer surdos ou mudos, talvez surdos e mudos, olhando o infinito, à espera de nada. A sua inteligência há-de ser, segundo o próprio, acima da média, bem acima, para somente ver o que só ele encherga.

Por actos e omissões, ganhou as presidenciais. Mal imagina o preço que isso nos vai custar mas, para trato da sua obstinação, que é uma patologia curável, deixe que lhe diga, ou que lhe digam que, os 14,3%, de Mário Soares valem mais que o primeiro-ministro e o governo juntos, a menos que se mude, regressando às origens, de armas e bagagens para o centro direita. Muita gente, no seu governo, desde o célebre Valter ao Fábrica, passando pelo Freitas, nem dará por nada, é como se de lá, nunca tivessem saído.

Resta saber o que fará com Manuel Alegre. À boa Maneira de Estaline dos tempos modernos, sem querer (?) ou meticulosamente programado, tentou apagá-lo dos media, com a subserviência dos ditos. Tudo isto, ou é uma mau prenúncio para si, ou pior presságio para nós. Espero que o feitiço, como diz o povo, apanhe o feiticeiro na curva, em nome da transparência e da estabilidade, quanto mais depressa melhor.
Jcê

martim de gouveia e sousa disse...

assim é. e, no entanto, acho que a crispação que o pós-graduado em engenharia sanitária em nós possa provocar é mera fraqueza nossa. valerá a pena o dissabor? o dito, das sanitas, pois, há-de cair de podre, empestado no labirinto da política florentina. em volta, a má corte talvez aplauda, presa ao fervor pessoal, ao interesse mesquinha, ao quintal e à vinha. concordo com o anónimo jerónimo. soares, esse, jogado na arena, não morre ainda e vale bem mais do que o feiticeiro - e, verdade seja dita, do quase todos nós.
o gelo cai agora sobre alegre, sobre o sonho. em breve cairá a tampa da sanita. em volta, então, o sonho dentro do deserto.