Palestina livre!

Mostrar mensagens com a etiqueta Governo. Mostrar todas as mensagens
Mostrar mensagens com a etiqueta Governo. Mostrar todas as mensagens

EX-CITAÇÕES * 151. quatro anos de lata

Desde que, há 25 anos, Gago escreveu o Manifesto para a Ciência em Portugal, passaram-se duas décadas de ouro. Mas os últimos quatro anos foram de lata: foram anos de manifesto abandono da ciência. Seguindo instruções da troika e de outros mandantes, Crato cortou a eito na ciência esquecendo que ela é a chave do futuro. A desconstrução do sistema científico-tecnológico que Gago tinha erguido foi brutal [...].
[Carlos Fiolhais, do texto Quatro anos de lata, in Publico de 10/6/2015]

escrito por ai.valhamedeus

LEIA O RESTANTE >>

SÓCRATES FOI PRESO. EU ESTOU CONTENTE



Sócrates foi preso. Há gente triste por isso. Sem meias palavras, declaro que eu estou contente por isso.


  • A detenção do fulano, há quem diga que é problemática, na perspetiva da lei. Mas isso pouco me interessa. Pertenço ao grupo dos portugueses que, durante os governos dele, foram humilhados e ofendidos, muitas vezes com fundamentação legal duvidosa. Sobretudo os funcionários públicos, com destaque para os professores.
  • Ouço que a coisa deveria ter sido feita com mais discrição (parece que alguns canais de televisão já tinham equipas no aeroporto de Lisboa, aquando da detenção do tipo). Que os julgamentos na praça pública e tal...
    Gostaria de ouvir os comentadores que tal apregoam, gostaria de os ouvir lançarem-se contra os jornais que, nas primeiras páginas, todos os dias divulgam supostos crimes de cidadãos anónimos que são expostos, comentados por psicólogos, gente da polícia e outros especialistas em crimes nos programas televisivos da manhã. Ou esta carne para alimentar as bolsas dos donos dos media, ou esta carne é menos valiosa do que a do senhor Pinto de Sousa?
  • Não tenho nada contra a violação do segredo de justiça. Tenho é contra o segredo de justiça. Só ouço falar disso e dos inquéritos à fuga de informação quando estão em jogo nomes sonantes. Qual é o problema de sabermos das suspeitas que há sobre um ex-primeiro ministro? Venham elas todas! todas!

escrito por ai.valhamedeus

LEIA O RESTANTE >>

DO CONTRA [5]

Ó caralho!

Em tempos esteve na moda o direito à indignação. Passou de moda, mas vivemos tempos que são tempos de o recuperar. E às vezes o melhor modo de o exprimir é através deste poema temperamental de Joaquim Pessoa.

POEMA TEMPERAMENTAL
Ó caralho! Ó caralho!
Quem abateu estas aves?
Quem é que sabe? quem é
que inventou a pasmaceira?
Que puta de bebedeira
é esta que em nós se vem
já desde o ventre da mãe
e que tem a nossa idade?
Ó caralho! Ó caralho!
Isto de a gente sorrir
com os dentes cariados
esta coisa de gritar
sem ter nada na goela
faz-nos abrir a janela.
Faz doer a solidão.
Faz das tripas coração.
Ó caralho! Ó caralho!
Porque não vem o diabo
dizer que somos um povo
de heróicos analfabetos?
Na cama fazemos netos
porque os filhos não são nossos
são produtos do acaso
desde o sangue até aos ossos.
Ó caralho! Ó caralho!
Um homem mede-se aos palmos
se não há outra medida
e põe-se o dedo na ferida
se o dedo lá for preciso.
Não temos que ter juízo
o que é urgente é ser louco
quer se seja muito ou pouco.
Ó caralho! Ó caralho!
Porque é que os poemas dizem
o que os poetas não querem?
Porque é que as palavras ferem
como facas aguçadas
cravadas por toda a parte?
Porque é que se diz que a arte
é para certas camadas?
Ó caralho! Ó caralho!
Estes fatos por medida
que vestimos ao domingo
tiram-nos dias de vida
fazem guardar-nos segredos
e tornam-nos tão cruéis
que para comprar anéis
vendemos os próprios dedos.
Ó caralho! Ó caralho!
Falta mudar tanta coisa.
Falta mudar isto tudo!
Ser-se cego surdo e mudo
entre gente sem cabeça
não é desgraça completa.
É como ser-se poeta
sem que a poesia aconteça.
Ó caralho! Ó caralho!
Nunca ninguém diz o nome
do silêncio que nos mata
e andamos mortos de fome
(mesmo os que trazem gravata)
com um nó junto à garganta.
O mal é que a gente canta
quando nos põem a pata.
Ó caralho! Ó caralho!
O melhor era fingir
que não é nada connosco.
O melhor era dizer
que nunca mais há remédio
para a sífilis. Para o tédio.
Para o ócio e a pobreza.
Era melhor. Concerteza.
Ó caralho! Ó caralho!
Tudo são contas antigas.
Tudo são palavras velhas.
Faz-se um telhado sem telhas
para que chova lá dentro
e afogam-se os moribundos
dentro do guarda-vestidos
entre vaias e gemidos.
Ó caralho! Ó caralho!
Há gente que não faz nada
nem sequer coçar as pernas.
Há gente que não se importa
de viver feita aos bocados
com uma alma tão morta
que os mortos berram à porta
dos vivos que estão calados.
Ó caralho! Ó caralho!
Já é tempo de aprender
quanto custa a vida inteira
a comer e a beber
e a viver dessa maneira.
Já é tempo de dizer
que a fome tem outro nome.
Que viver já é ter fome.
Ó caralho! Ó caralho!

Ó caralho!
[escrito em 30/5/2006. Recuperado agora, nesta data em que o governo anuncia as desgraças que se sabe]

escrito por ai.valhamedeus

LEIA O RESTANTE >>

RECEBIDO POR EMAIL -122- o bad inglich do sr. carvalho de sousa

Depois de ouvirmos o presidente da república a descrever o deleite das vaquinhas quando ele lhes tirou o leite; depois dos desertos, declarados por um ministro, a sul do Tejo; depois do discurso anedótico da ministra Alçada da Educação; depois de..., uma nova anedota

[garanto, a quem não ouviu o original, que aqui não há sobreposição de som ao som inglich do presidente do conselho -- apenas encadeamento de retalhos da intervenção].
A república está em boas mãos, ai se está!...


escrito por ai.valhamedeus

LEIA O RESTANTE >>

BRASIL E PORTUGAL

A notícia é de Maio passado, mas continua actual: a Petrobras

[a "Galp brasileira"]
[como a formação dos cerca de 100 mil utilizadores],
a empresa estima que o processo gere uma redução de pelo menos 40% relativamente à aquisição de licenças pagas de software proprietário equivalente
[o Office da Microsoft, provavelmente].
Por cá
[como somos ricos],

escrito por ai.valhamedeus

LEIA O RESTANTE >>

CONSELHOS GERAIS CONTRA "MEGA AGRUPAMENTOS"

Do Diário de Viseu de hoje:

O conselho geral da Escola Secundária de Emídio Navarro, de Viseu, insurgiu-se contra a criação de "mega agrupamentos", garantindo não estar disponível para abdicar dos direitos e deveres que lhe foram atribuídos legalmente.

O presidente do conselho geral, Jerónimo Costa, frisou que este é "um órgão democraticamente eleito, com um mandato para cumprir". "O mandato é de quatro anos, cumprimos o primeiro e estamos dispostos a cumprir os três que faltam. Não sairemos pelo nosso pé com facilidade", garantiu.

Anteontem, a Fenprof anunciou que vai apoiar os directores e conselhos gerais que pretendam avançar com processos em tribunal contra a constituição do que chama de "mega agrupamentos de escolas".

Jerónimo Costa disse que, "para já, não paira qualquer ameaça em relação à Emídio Navarro", mas que os elementos do conselho geral estão preocupados com o futuro.

Já o presidente do conselho geral da Escola Secundária Alves Martins lamentou a "falta de transparência e de informação" em todo este processo. Adelino Monteiro defendeu que qualquer mudança pressupõe diálogo, acusando o Ministério da Educação de não fazer "uma comunicação mais clara de modo a que as instituições se possam pronunciar de uma forma convicta". "Não sabemos de nada, não temos nenhuma informação, a não ser o que vamos ouvindo daqui e dali", sustentou, estando, no entanto, convicto de que este ano, a Alves Martins não estará envolvida em nenhum processo de constituição de mega agrupamentos. "Temos de aguardar para ver qual é a argumentação que serve de base ao Governo para estabelecer estes mega agrupamentos", disse, anunciando que este será um dos temas de hoje à noite da reunião do Conselho Geral.

Na opinião deste responsável, antes de avançar com a reorganização, era "necessário fazer uma análise 'swot' ao ensino em Viseu, para depois se ter uma opinião fundamentada".

Reunião na DREC

Já amanhã, os directores executivos de escolas de Viseu vão ser recebidos na Direcção Regional de Educação do Centro. Em cima da mesa, estes responsáveis vão colocar as suas preocupações relativamente a este processo que consideram ser "contraproducente".

Adelino Pinto, director executivo da Escola Secundária Alves Martins, um dos elementos que vai estar presente, recorda que com a constituição dos mega agrupamentos "são os alunos e a organização que saem a perder".

Conselho de Escolas reúne com Governo

O Conselho de Escolas vai defender na segunda-feira, junto do Governo, a suspensão do processo de reagrupamento de escolas, no âmbito da reorganização da rede escolar, alegando que por lei deveria ter sido previamente ouvido.

"Vamos expor de viva voz a posição do Conselho de Escolas", disse o presidente deste órgão consultivo do Ministério da Educação, Álvaro Almeida dos Santos, que vai reunir-se com o secretário de Estado da Educação, João Mata, após o governante ter anunciado que está concluído o processo de reordenamento da rede escolar no que respeita às unidades de gestão para ano lectivo 2010/2011, a iniciar em Setembro.

O Conselho de Escolas (CE) entende que "deveria ter sido ouvido previamente aos procedimentos de constituição da rede, dando um parecer sobre o assunto", afirmou Álvaro Santos, manifestando a discordância deste órgão com "a metodologia que foi usada na reorganização".

"Deveriam ter sido ouvidos os conselhos gerais e os directores das escolas", defende. O presidente do CE frisa que as escolas e as comunidades educativas foram "apanhadas de surpresa" pela decisão do Governo e sublinha que há directores e conselhos gerais que recentemente "tinham feito um esforço para a eleição" dos respectivos corpos.

"O processo não foi feito com as comunidades educativas. Até percebo que em alguns casos haja vantagens no agrupamento de escolas, os passos é que não foram todos dados na sequência que está estabelecida na própria legislação", sustenta Álvaro Santos, que espera ainda encontrar abertura do Ministério da Educação.

escrito por ai.valhamedeus

LEIA O RESTANTE >>

RECEBIDO POR EMAIL -120- pensamento da semana


escrito por ai.valhamedeus

LEIA O RESTANTE >>

ALDRABÕES

Um primeiro ministro que diz, há 4 anos, que não aumenta os impostos...

...um primeiro-ministro que diz, há um mês, que não quer aumentar impostos...

...um primeiro-ministro que aumenta impostos .- o que é?

Um mentiroso, um aldrabão, uma pessoa pouco séria, uma pessoa (?). É impensável pensar gente com esta gente...

Estou-me borrifando para se era possível fazer diferente. O que sei é que este "gajo" não deve merecer a confiança de ninguém. Tenho vergonha de ser governado por esta gente...
(incluindo Secretários de Estado de quem sou amigo).
escrito por Carlos M. E. Lopes

LEIA O RESTANTE >>

AVALIAÇÃO RETIRADA DO CONCURSO

O Ministério da Educação já retirou a avaliação do formulário electrónico para o concurso de colocação dos professores. Isabel Alçada diz que respeita as decisões dos tribunais e que desobedeceu porque não tinha sido notificada.
Não tinha sido notificada?!...


escrito por ai.valhamedeus

LEIA O RESTANTE >>

SÃO FLORES, SENHOR...

A notícia é de anteontem, mas, para o caso de ter escapado a algum leitor do Ai Jesus!...

escrito por ai.valhamedeus

LEIA O RESTANTE >>

920 MILHÕES EM PROPAGANDA

Pacheco Pereira, no seu blogue e no jornal Público, avaliou o trabalho de escrutínio da governação em curso na Assembleia da República, bem como a distribuição dos famosos computadores Magalhães
[quase 930 milhões de euros propagandisticamente gastos... à balda. Para quem está em crise...].
O texto está aqui.

escrito por ai.valhamedeus

LEIA O RESTANTE >>

A BOJARDA

Soou como um estilhaçar arrepiante de cristais e porcelanas. O ministro erguera-se, colérico, olhando por sobre os óculos em pose de mestre-escola, fincou os punhos na bancada e verberou: «O que os senhores querem é money for the boys.»

A sala petrificou-se de estupefacção. Estava a discutir-se a possibilidade de uns dinheiros a mais para os presidentes das Juntas de Freguesia - e o ministro sai-se com uma bojarda daquelas!

Boys, os presidentes de Junta? Na democracia portuguesa, as Juntas de Freguesia ainda constituem preciosas ilhas de carolice e de devoção à terra e às populações, sendo numerosas as equipas liderantes formadas à revelia dos partidos e avessas a correias de transmissão.

Escolheu mal, muito mal, o ministro, o alvo da sua patacoada, denotando uma boçalidade em matéria de atenção política e cívica que não se conceberia num homem até agora respeitável.

Mais grave e mais fundo do que essa tirada de almocreve letrado é, porém, o topete que se apodera dos governantes portugueses de julgarem poder verberar os deputados na Assembleia da República.

Não percebem os ministros e primeiros-ministros que o Parlamento é o local de onde colheram a sua legitimidade e o espaço exacto em que os seus actos e estratégias vão a escrutínio: é ali que respondem, não é ali que perguntam, muito menos admoestam.

A ver se me explico por meio de um desenho: façam os senhores governantes, presentes, passados e aspirantes, um quadradinho a meio de uma folha papel dentro do qual escrevam POVO. Já está? Agora, pensando em «soberania popular», essência da república, queiram colocar um quadradinho com a palavra DEPUTADO: acima ou abaixo do POVO?

(Iria jurar que muitos deputados terão visto, pela primeira vez, preto do lápis no branco do papel, o que nunca imaginaram: o deputado abaixo do povo! Mas é verdade: o povo é o patrão e o deputado empregado - atenção, pois, ao respeito.)

Agora já é fácil, mas deve custar a engolir aos governantes, colocar a palavra GOVERNO. Pois. Aí mesmo. Abaixo do deputado, de cuja autorização ele emana, e este abaixo do povo.

O governante que no Parlamento repreende deputados está a abusar da sua posição, não tem legitimidade para tal, está a usurpar. Se quer criticar um deputado, faça-o fora daquele lugar e no estatuto de um cidadão. Lá dentro, ouve e explica-se - e deixa que os seus partidários polemizem com quem os criticar.

Não se trata de aprenderem a humildade democrática - o que nem lhes faria mal. Trata-se tão-somente de saberem qual é o seu lugar.
[Óscar Mascarenhas,Jn]

escrito por Jerónimo Costa

LEIA O RESTANTE >>

O POLVO


escrito por ai.valhamedeus

LEIA O RESTANTE >>

PELA LIBERDADE


Petição TODOS PELA LIBERDADE [se concordar, assine aqui]

Para: Presidente da Assembleia da República, Dr. Jaime Gama

O primeiro-ministro de Portugal tem sérias dificuldades em lidar com a diferença de opinião.

Esta dificuldade tem sido evidenciada ao longo dos últimos 5 anos, em sucessivos episódios, todos eles documentados. Desde o condicionamento das entrevistas que lhe são feitas, passando pelas interferências nas equipas editoriais de alguns órgãos de comunicação social, é para nós evidente que a actuação do primeiro-ministro tem colocado em causa o livre exercício das várias dimensões do direito fundamental à liberdade de expressão.

A recente publicação de despachos judiciais, proferidos no âmbito do processo Face Oculta, que transcrevem diversas escutas telefónicas implicando directamente o primeiro-ministro numa alegada estratégia de condicionamento da liberdade de imprensa em Portugal, dão uma nova e mais grave dimensão à actuação do primeiro-ministro.

É para nós claro que o primeiro-ministro não pode continuar a recusar-se a explicar a sua concreta intervenção em cada um dos sucessivos casos que o envolvem.

É para nós claro que o Presidente da República, a Assembleia da República e o poder judicial também não podem continuar a fingir que nada se passa.

É para nós claro que um Estado de Direito democrático não pode conviver com um primeiro-ministro que insiste em esconder-se e com órgãos de soberania que não assumem as suas competências.

É para nós claro que este silêncio generalizado constitui um evidente sinal de degradação da vida democrática, colocando em causa o regular funcionamento das instituições.

Assistimos com espanto e perplexidade a esse silêncio mas, respeitando os resultados eleitorais e a vontade expressa pelos portugueses nas últimas eleições legislativas, não nos conformamos. Da esquerda à direita rejeitamos a apatia e a inacção.

É a liberdade de expressão, acima de qualquer conflito partidário, que está em causa.

Apelamos, por tudo isto, aos órgãos de soberania para que cumpram os deveres constitucionais que lhes foram confiados e para que não hesitem, em nome de uma aparente estabilidade, na defesa intransigente da Liberdade.
escrito por ai.valhamedeus

LEIA O RESTANTE >>

CADA JORNALISTA, CADA PROBLEMA

[clique na imagem, para ler]

Vítor Serpa também é jornalista.

Não escreve artigos de opinião para o JN
[que justifiquem a convocação do contraditório],
muito menos “inclina” num dos “planos” da SIC, não sendo, talvez por isso, um problema a precisar de solução, às mãos de um qualquer Nuno Santos, por reincidente sugestão de um presidente do conselho. Mas porque hoje é
(era)
Sábado, Vítor Serpa resolveu enveredar pelo caminho perigoso de dar cobertura, nas páginas d’ A Bola, ao jornalismo do buraco da fechadura, ou, em linguagem ministerial mais chã, à calhandrice. Resolvidos os problemas Eduardo, Manuela, Fernandes e tutti quanti eis que surge o Mário que é crespo, isto é, também geneticamente revolto, a obrigar Pinto de Sousa a reeditar o seu argumento de marca: comentar? Era o que faltava! Antes, já Lacão tinha assertivamente anunciado que o governo está de consciência tranquila
[como se o governo tivesse consciência!].
E, para compor a semana, ou o que dela resta, O Sol, uma das maiores fontes de energia renovável, transforma-se num grave problema, para o governo, ao assumir-se como jornal.

De tudo, e é já tanto: licenciatura; Independente; MBA; Projectos arquitectónicos; Cova da Beira; Freeport; TVI; Escutas, fica-nos uma ideia arrepiante e clara: Portugal, em matéria de liberdade e democracia, é um país de atávicos costumes. Vítor Serpa também não pactua com este desporto e, por este andar, não tarda que A Bola seja negociada pela PT, EDP, CGD ou, quem sabe, pela Mota-Engil do Coelho, que os amigos são para as ocasiões.

escrito por Jerónimo Costa

LEIA O RESTANTE >>

MÁRIO CRESPO JÁ NÃO ESCREVE NO JN

Mário Crespo escrevia habitualmente no JN artigos de opinião. Fazia-o pontualmente à Segunda-feira. O tempo dos verbos não engana: Mário Crespo deixou de escrever no JN! O artigo que hoje assinava, apesar de todos os salamaleques justificativos, que a direcção do jornal há-de tecer, não passou nas malhas da censura. O problema de Mário Crespo resulta tão-só de pensar pela sua própria cabeça e de ter opinião ao serviço de um jornalismo de causas, que é, como quem diz, um jornalismo na linha da frente na defesa da liberdade e da democracia. Mário Crespo ainda entende a “República” – coisa velha de 100 anos – como baluarte no anteparo de princípios éticos, sendo incansável na denúncia dos que usando a liberdade a tornaram refém dos seus mesquinhos interesses privados, fazendo da democracia o cadinho da sua intolerável propaganda. Mário Crespo sabia, até pela postura que sempre dera à cerviz, que a sua hora, tal como acontecera recentemente com outros, haveria de chegar. Talvez não pensasse que seria este o caminho: o de não olhar a meios para atingir os fins, mas ele que incansavelmente nos avisou, estava, desde há muito, certamente avisado: quem se mete com o dito, leva! Lamentável, fundamentalmente pela frutificação que tais exemplos, mais pestilentos do que a criatura, geram no país. “Que faremos, quando tudo arde?”

Mário Crespo
O Fim da Linha

[Mário Crespo]

Terça-feira dia 26 de Janeiro. Dia de Orçamento. O Primeiro-ministro José Sócrates, o Ministro de Estado Pedro Silva Pereira, o Ministro de Assuntos Parlamentares, Jorge Lacão e um executivo de televisão encontraram-se à hora do almoço no restaurante de um hotel em Lisboa. Fui o epicentro da parte mais colérica de uma conversa claramente ouvida nas mesas em redor. Sem fazerem recato, fui publicamente referenciado como sendo mentalmente débil (“um louco”) a necessitar de (“ir para o manicómio”). Fui descrito como “um profissional impreparado”. Que injustiça. Eu, que dei aulas na Independente. A defunta alma mater de tanto saber em Portugal. Definiram-me como “um problema” que teria que ter “solução”. Houve, no restaurante, quem ficasse incomodado com a conversa e me tivesse feito chegar um registo. É fidedigno. Confirmei-o. Uma das minhas fontes para o aval da legitimidade do episódio comentou (por escrito): “(…) o PM tem qualidades e defeitos, entre os quais se inclui uma certa dificuldade para conviver com o jornalismo livre (…)”. É banal um jornalista cair no desagrado do poder. Há um grau de adversariedade que é essencial para fazer funcionar o sistema de colheita, retrato e análise da informação que circula num Estado. Sem essa dialéctica só há monólogos. Sem esse confronto só há Yes-Men cabeceando em redor de líderes do momento dizendo yes-coisas, seja qual for o absurdo que sejam chamados a validar. Sem contraditório os líderes ficam sem saber quem são, no meio das realidades construídas pelos bajuladores pagos. Isto é mau para qualquer sociedade. Em sociedades saudáveis os contraditórios são tidos em conta. Executivos saudáveis procuram-nos e distanciam-se dos executores acríticos venerandos e obrigados. Nas comunidades insalubres e nas lideranças decadentes os contraditórios são considerados ofensas, ultrajes e produtos de demência. Os críticos passam a ser “um problema” que exige “solução”. Portugal, com José Sócrates, Pedro Silva Pereira, Jorge Lacão e com o executivo de TV que os ouviu sem contraditar, tornou-se numa sociedade insalubre. Em 2010 o Primeiro-ministro já não tem tantos “problemas” nos media como tinha em 2009. O “problema” Manuela Moura Guedes desapareceu. O problema José Eduardo Moniz foi “solucionado”. O Jornal de Sexta da TVI passou a ser um jornal à sexta-feira e deixou de ser “um problema”. Foi-se o “problema” que era o Director do Público. Agora, que o “problema” Marcelo Rebelo de Sousa começou a ser resolvido na RTP, o Primeiro Ministro de Portugal, o Ministro de Estado e o Ministro dos Assuntos Parlamentares que tem a tutela da comunicação social abordam com um experiente executivo de TV, em dia de Orçamento, mais “um problema que tem que ser solucionado”. Eu. Que pervertido sentido de Estado. Que perigosa palhaçada.
Nota: Artigo originalmente redigido para ser publicado hoje (1/2/2010) na imprensa.
O artigo foi picado daqui.

escrito por Jerónimo Costa

LEIA O RESTANTE >>

AS FÉRIAS JUDICIAIS

O governo prepara-se para alargar as férias judiciais de 15 de Julho a 31 de Agosto, em vez de 1 a 31 de Agosto.


Como se sabe, no início da anterior legislativa, o governo “atacou” as corporações e, entre elas, a advocacia. Vai daí, reduziu as férias judiciais a um mês em vez dos tradicionais dois meses.

As férias judiciais eram gozadas entre 1 de Agosto e 30 de Setembro, porquanto os senhores juízes, tradicionalmente do norte, tinham as suas vindimas em Setembro para fazer.

Sócrates reduziu para o mês de Agosto
(depois de terem passado de 15 de Julho a 15 de Setembro).
Agora vem alargar, começando a 15 de Julho.

Esta alteração não vem alterar nada de substancial, antes vem permitir pensar que Sócrates cedeu à pressão dos advogados. De facto, esta alteração não vem dar boa imagem dos advogados
(dando como certo que foi o lobby dos advogados que impôs esta alteração),
nem vem dar maior celeridade à justiça. Esta medida, pelo contrário, vem dar a ideia de que a coisa se vai manter na modorra habitual. A justiça precisa de medidas urgentes e não destas medidas sem nexo nem consequência.

escrito por Carlos M. E. Lopes

LEIA O RESTANTE >>

UM MÊS?!

Lê-se hoje em tudo o que é sítio de leitura
[até no Ai Jesus!, como se prova neste texto]
que esta segunda versão do governo pê-èsse fez um mês. Um mês de um mero Governo remodelado, e para pior! O mês da Face Oculta,
[com o presidente do Conselho indevidamente e injustamente, como se sabe e uma vez mais, associado a coisas da corrupção];
do segundo orçamento do reinado de Sócrates, indevidamente
[pela maldizente oposição]
chamado de rectificativo
[em científico rigor económico-financeiro, redistributivo];
dum desemprego com números nunca vistos -- como se sabe, por causa da crise...

... e fico por aqui. Sobre o passado mês, diga o leitor o resto...

O futuro vive da esperança na continuação de alguns restos do passado breve. Espera-se que o PSD continue a depositar nas mãos do governo pê-èsse
[estará tudo muito bem entregue, como se sabe]
a resolução dos problemas -- como já entregou a avaliação dos professores e a questão dos campos electromagnéticos das linhas de alta tensão; que o pê-èsse continue a namorar o psd, como namorou em ambas as questões aqui referidas; que as manifestações que ameaçam recomeçar, depois de os reformados se manifestarem, não recomecem mesmo, para bem da economia do país
[que toda a gente sabe o que é];
que o país
[seja lá isso o que for]
continue a acreditar, com o apoio dos jornalistas
[e de alguns sindicatos],
que a avaliação dos professores foi revista para apaziguar os ânimos destes profissionais
[quero dizer, destes malandros];
que cada vez mais cidadãos anónimos gritem que a divisão na carreira dos professores caiu mesmo -- e com ela, "o último grande obstáculo a um entendimento com os sindicatos"
[e que, portanto, se espera que finalmente os professores sosseguem e deixem o bloco central governar sossegadamente]...
...e que o Altíssimo, acima de nós, nos proteja!

escrito por ai.valhamedeus

LEIA O RESTANTE >>

UMA AVENTURA DE... ISABEL ALÇADA

Divulgar aqui esta curiosidade, numa altura em que se festeja(m), com circunstância e até pompa, em tudo quanto é vara ou juízo, a suspensão, perdão, a interrupção, perdão, os trinta dias de nojo por um modelo de avaliação imprestável, pode parecer

(e até ser)
contra natura sendo que, nos tempos de oculto que nos tomam os dias, muito do que parece, pode não ser. Já por aqui se gastou algum latim publicitando a confraria do pinóquio, que tem no
(desmesurado)
nariz o seu ornamento distintivo. Carolina Mandatária Patrocínio da Juventude, acabada de nomear, correu célere para a confraria, afirmando, sem corar, que exercera o seu direito de voto nas eleições legislativas anteriores com… 17 anos! Gepeto, patrono assumido da instituição, louvado e reconhecido por ter dado forma a uma criatura que, de mentira em mentira, atingiu, num país, dito ingovernável em Roma, o altaneiro posto de presidente do conselho, não se cansa do seu labor. Num corrupio inusitado, uma boa parte
(ou uma parte inteira)
da bancada do maior partido da oposição, com os salamaleques do partido que mais ordena, garantiu, no fim da semana que agora se fina, uma Formação em Contexto de Trabalho (FCT) para posterior ingresso na dita confraria. Houve até quem considerasse que o estágio seria dispensável, dado que o afinco dinâmico na área da semântica e a longa experiência na arte de desdizer, demonstrados por estes para lamentar (es), seria suficiente para tomar a confraria por usocapio. Mas, como muito bem disse Galileu
(baixinho)
e pur si muove e a prová-lo, se o Diabo as não teceu, o mais recente membro, por via do currículo
(ou será dos genes?)
é Isabel Alçada. Está tudo na página oficial do Ministério – a menos que seja uma Aventura
O mestrado de Isabel Alçada[clique na imagem para ler]

escrito por Jerónimo Costa

LEIA O RESTANTE >>

SUSPENSÃO DO MODELO DE AVALIAÇÃO

Jorge Lacão

Jorge Lacão disse hoje, em declarações à TSF, que suspender o modelo de avaliação de desempenho de professores está fora de questão. O ministro afirmou que o Governo apenas está disponível para fazer alterações ao modelo. No caso de os partidos da oposição se unirem para suspender o actual modelo, Jorge Lacão considera que se abre uma “querela jurídico-constitucional” (1)
[Público, 03.11.2009 - 13:30 Por Sofia Rodrigues]

(1) [que quererá dizer isto?]

O problema do Dr. Jorge Lacão, do Engº José Socrates e da Drª Isabel Alçada é que a suspensão do modelo de avaliação não depende apenas (nem sobretudo) da sua douta vontade. Depende da Assembleia da República e, se for necessário, da luta dos professores … Será que o Governo já percebeu que agora não governa com maioria absoluta? Ou serão vícios não resolvidos ?
[A Direcção Distrital de Viseu do SPRC.FENPROF]

escrito por ai.valhamedeus

LEIA O RESTANTE >>