Para não esquecer...

Os casamentos homossexuais (2)

Bem andaram a Helena e Teresa a quererem casar. Isso permitiu alguma discussão, enquanto o Sr. Gates andava na sua (dele) propaganda e da sua Microsoft.

O casamento é um contrato eterno -- antigamente, antigamente, que o diga Augusto Gil. Tal como o amor, é eterno... enquanto dura. As senhoras querem casar. Não sei se fazem bem, mas penso que nada as deveria impedir desse desiderato.

Penso que a lei não as impede de viver juntas, de dormir juntas, de sair juntas. Nada as impede de se amar profundamente. A história está cheia de casos desses. Serão, e enquanto a “estranheza” durar, olhadas de soslaio, marginalizadas, alvo de discriminação. Quanto a isso, pouco a pouco se há-de fazer... diferente.

É uma união estranha? É, por enquanto. Mas o casamento que lhes trará? Efeitos importantes no capítulo patrimonial. Por exemplo, serem herdeiras uma da outra. É de somenos? Não. A nossa lei impõe herdeiros, à força. Se casadas, podem herdar uma da outra.

Quanto à perfilhação, não vejo o escândalo.

Supondo que uma mulher, ou um homem, resolve assumir-se ou descobre (não sei como é isso, mas parece que é assim) ser homossexual, depois de já ter filhos... estará impedido(a) de exercer o poder paternal e ter os filhos à sua guarda? Algo impedirá uma mulher de ter um filho in vitro, mesmo sendo homossexual? Porque não pode adoptar? Será um filho criado e educado num meio homossexual mais problemático ou mais marginal do que numa família tradicional, mas com todo o tipo de dificuldades, agressões físicas, pobreza que conhecemos (vide o caso Joana e outros)?

Não estaremos a ser hipócritas neste caso, como noutros?

A Igreja já mostrou a sua hipocrisia ao impedir a homossexualidade entre os seus ministros (pensava eu que a castidade era um dos votos para quem se ordenasse e, por isso, imune a essas coisas do sexo. Afinal são sexualmente activos). Caminhamos no mesmo sentido?

escrito por Carlos M. E. Lopes

1 comentário(s). Ler/reagir:

Anónimo disse...

Sr.Carlos!
Concordo que cada pessoa faça o que quer com sua vida afetiva,desde que seja feliz com o caminho que escolher.
Gostei do seu post.
Sucesso...