Robert Capa
É assim que é artisticamente conhecido. Mas o seu nome de BI é Andrei Friedmann. Nasceu a 1913. Em 1954, no Vietname, uma mina projectou-lhe a máquina fotográfica Nikon a vários metros de distância e pôs prematuramente fim à sua fulgurante carreira como fotógrafo de génio. Deixou-nos 70.000 negativos.Em 1935 em carta dirigida à mãe confessava não ter futuro na fotografia, devendo por isso dedicar-se ao cinema. Os seus trabalhos estão aí a provar que se enganou e que Capa é um dos maiores fotógrafos europeus do século XX. Sobre ele o escritor John Steinbeck disse que
sabia o que procurava e sabia o que fazer com isso quando o encontrava. Sabia, por exemplo, que se não pode fotografar a guerra porque é, em grande parte, emoção. Mas fotografou essa emoção embrenhando-se nela. Podia mostrar o horror de todo um povo no rosto de uma criança. A sua máquina captava e retinha a emoção. As suas fotos não são casuais. A emoção que contêm não está lá por acaso. Sabia fotografar o movimento, a alegria e a dor. Sabia fotografar o pensamento.
"Não é necessário usar truques para fazer fotos em Espanha" -- afirmava Capa, acusado de montar a imagem acima reproduzida, que imortalizou o soldado Federico Borrel, morto na Guerra Civil espanhola. "Não é necessário posar para a máquina. As fotos estão ali mesmo. É só ir lá e fazê-las. A verdade é a melhor foto, a melhor propaganda".
Capa havia passado a tarde com Borrel, isolados das tropas republicanas, devido à ameaça de uma metralhadora dos franquistas. Mas Borrel foi ficando impaciente e abandonou a protecção de sacos de areia para se juntar aos companheiros. Uma decisão que pagou com a vida.
escrito por ai.valhamedeus
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