Para não esquecer...

A COISA AQUI ESTÁ... BRANCA

Parece que a Feira do Livro (de Lisboa e Porto) deste ano foi "a pior dos últimos 30 anos". A União dos Editores e Livreiros fala em quebra de vendas de 17 a 40% em relação ao ano passado. A Bertrand diz que as suas quebras foram de 20% em Lisboa e 25% no Porto.

  1. Contrariando a letra da conhecida canção do Chico Buarque, o governo jura-nos que a coisa aqui está... branca. As notícias de todos os dias confirmam a letra.

  2. Os títulos mais vendidos na Feira também são sintomáticos: Fortaleza Digital, Conspiração e O Código Da Vinci, de Dan Brown, e A Aparição, de Vergílio Ferreira (por constar do programa do secundário?).

  3. Se fosse possível fazer downloads dos livros como é possível dos discos, teríamos aí já as Associações de Editores e Livreiros a gritarem contra a pirataria e a levarem a tribunal os piratas, invocando os direitos de autor.
escrito por ai.valhamedeus

3 comentário(s). Ler/reagir:

martim de gouveia e sousa disse...

as feiras de livro são empresas sobre o joelho. nunca em portugal se publicou tanto e tão bem. leitores competentes e jovens existem. a mentalidade é velha. veja-se a barracada da de viseu. a participação da bertrand é de rir e de chorar, a um tempo. e já agora, amigo valha-me deus!, conserta o virgílio para vergílio, sg. o preceito da vontade autoral. abraço!

Ai meu Deus disse...

amigo martim, concertadamente consertarei. É nisto que dá a técnica do copiar/colar (no caso, do "Público") sem as devidas cautelas. Gracias (usando a língua de Olivença ;-)]

Anónimo disse...

Meu caro amigo, me perdoe por favor
Se eu não lhe faço uma visita
Mas como agora apareceu um portador
Mando noticias nesta fita

Aqui na terra tão jogando futebol
Tem muito samba, muito choro e rock'n'roll
Uns dias chove, noutros dias bate sol
Mas o que eu quero é lhe dizer
Que a coisa aqui tá preta

Muita mutreta pra levar a situação
Que a gente vai levando de teimoso e de pirraça
E a gente vai tomando, que também sem a CACHAÇA
Ninguém segura esse rojão

Meu caro amigo eu não pretendo provocar
Nem atiçar suas saudades
Mas acontece que eu não posso me furtar
A lhe contar as novidades

É pirueta pra cavar o ganha-pão
Que a gente vai cavando só de birra, só de sarro
E a gente vai fumando, que também sem um cigarro
Ninguém segura esse rojão

Meu caro amigo eu quis até telefonar
Mas a tarifa não tem graça
Eu ando aflito pra fazer você ficar
A par de tudo que se passa

Muita careta pra engolir a transação
E a gente tá engolindo cada sapo no caminho
E a gente vai se amando, que também sem um carinho
Ninguém segura esse rojão

Meu caro amigo eu bem queria lhe escrever
Mas o correio andou arisco
Se me permitem vou tentar lhe remeter
Notícias frescas neste disco

A Marieta manda um beijo para os seus
Um beijo na família, na Cecília e nas crianças
O Francis aproveita pra também mandar lembranças
A todo o pessoal, adeus