Durante muitos anos, o General Ramalho Eanes, para poder combater esse flagelo que foi Mário Soares, recorria aos autarcas. Incensava tais criaturas como um poço de virtudes e o exemplo do político bom
(o autarca)em contraste com o político mau
(governantes e parlamentares).Era a aliança entre o Rei e o povo para combater a burguesia. As autarquias viram o seu poder aumentar. Criaram-se verdadeiros monstros. Vê-se que os defeitos desse “poço de virtudes” são iguais aos dos nossos outros políticos. E mais, têm-se atribuído poderes sem que se vislumbrem meios de os controlar.
A prosápia de um Valentim e de tantos outros não pára de crescer. Só lhes falta cunhar moeda. São donos e senhores dos seus “cantões” e nada nem ninguém os pára.
A alarvice das palavras de Fernando Ruas insere-se nesse crescendo de impunidade a que ascenderam. Não quero com isto dizer que o ambiente seja sector livre de gente indesejável. Penso até que esse sector é “servido” também por gente sinistra, oportunista e ignorante. Se estivermos atentos verificamos que impolutos ambientalistas surgem como promotores de empreendimentos e que, por vezes, os seus falatórios de cátedra ocultam algum despeito por certos pareceres não terem passado pelos seus gabinetes. Mas, meu Deus, correr os fiscais à pedrada não roça a grosseria?
escrito por Carlos M. E. Lopes
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