Fui pai tarde. Já com 31 anos, da segunda vez. Conflitos com os filhos, penso, todos temos. Ao ler O “Eduquês” em discurso directo do Prof. Nuno Crato, entre outras que poderia escolher, queria transcrever estas afirmações:
O não reconhecimento da necessidade de uma “fase dogmática” precedente da “fase crítica” é um dos erros mais graves da pedagogia romântica. Para raciocinar criticamente sobre um assunto é preciso começar por conhecê-lo. Pretendendo-se formar “estudantes críticos” sem lhes fornecer a necessária informação e treino, apenas se formam ignorantes fala-barato (p. 86).Será que o Prof. conhece a minha Mariana?
Não sei de críticas às ideias que o livro veicula e, sendo um ignorante total na matéria, não tenho ideia definida sobre o mesmo. Mas, à partida, simpatizo com elas. Não há uma alma caridosa que queira falar sobre o livro?
escrito por Carlos M. E. Lopes
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Como análise crítica ao livro de Nuno Crato e inevitavelmente ao conceito de "eduquês", sugiro a leitura de "O «anti-eduquês» como ideologia pedagógica", do jornal "a página da educação" -- ele também, e por norma todos os números, muito "sugerível". O texto está aqui: http://www.apagina.pt/arquivo/Artigo.asp?ID=4589
A chamada "Nova Direita", em Portugal, passou a chamar "eduquês" a uma pedagogia que considera que todos os seres humanos são naturalmente educáveis e que a educação não se deve confundir com selecção (os melhores, os piores, os educaveis, os ineducáveis, etc)
O anti-eduquês (eu prefiro a designação «as carpideiras da educação») defendem a ideia que o acto educativo tem de ser violento para ter resultados. São defensores do autoritarismo na educação.
O facto de muitos pais (e professores) confundirem autoridade com autoritarismo não pode ser atribuivel a uma pedagogia construtivista (ou romêntica como eles dizem).
Quem acredita na educação para todos sabe que as crianças precisam (exigem) da autoridade dos adultos e que é um erro o laxismo, o deixa andar...
A maior parte das acusações que Crato faz são falasiosas e derivam de falta de análise rigorosa do pensamento que critica.
O anti-eduquês não é autoritário nem de direita. Eu não me reconheço em qualquer direita, no entanto vejo e vivo todas as perversões do eduquês. Perante o falhanço do eduquês, criando uma geração de anlfabetos funcionais e não só, os defensores desta teoria,começam a defender-se invocando que as críticas se baseiam em falsos argumentos. Agora vem essa crítica que o anti-eduqês é de direita. Haja decoro.
Ser contra esta teoria em que não se ensina porque não se sabe o que é preciso ensinar, ou porque os alunos não querem aprender e não se deve forçá-los na aprendizagem, não é ser de direita, é apenas ser lúcido e responsável. Ser contra este laxismo não é ser a favor do chicote.
A "tua" Mariana é uma excepção, pois tem uns pais de primeira...
A generalidade dos paizitos que eu conheço preocupam-se apenas com a mesada ou com os jogos que pretendem dar aos meninos, em depositá-los nos infantários, nos tempos livres ou nos escuteiros, conforme pararem as modas...
Esta é uma geração que privilegia o TER antes de optar pelo SER!
A Ana e a Mariana são excepções, não será?!
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