O POETA ANTÓNIO OSÓRIO

A revista Foro das Letras publicou um número duplo (13/14) onde se reproduz, nalgumas páginas, a homenagem que se fez ao poeta António Osório em Faro, por iniciativa do Conselho Distrital de Faro da Ordem dos Advogados e da “Faro, Capital Nacional da Cultura 2005”

[foi no anfiteatro da Universidade, no Campus de Gambelas, e teve lugar no dia 18 de Novembro].

Poeta e advogado, tendo sido Bastonário no triénio 1984/1986, dele diz, também outro advogado, António Arnaut, nessa revista:

“António Osório é o poeta da concisão, que trabalha o verbo e a palavra até alcançar a beleza apolínea duma escultura grega, talvez por ter lido Homero e Camões na infância. Por isso é capaz de insculpir uma emoção forte em palavras aparentemente banais:

Com os anos
a pouco e pouco
a raiz afectuosa
penetrou
no fundo da terra
até chegar ao mais pequeno
e mais antigo
veio de lágrimas.

E é capaz de gravar um pensamento profundo num poema breve, como quem deixa uma mensagem estelar. É o que acontece com o dístico intitulado “Jardim Zoológico”:

Apenas a alegria das crianças
o purifica de tanto mal”

escrito por Carlos M. E. Lopes