Em 12 de Outubro de 1972, no Quelhas, em Lisboa, era abatido a tiro pela PIDE um estudante de direito. O seu nome: José António Ribeiro Santos. Foi o início de muitas militâncias e muitas lutas para muitos de nós nesse tempo.
Ao contrário do que diz o Prof. José Hermano Saraiva, não foi só Catarina a ser morta. Ribeiro Santos representava a juventude inconformista e inconformada. Dos muitos milhares que naqueles anos de brasa se revoltaram com um regime entorpecido, velho, caquéctico, Ribeiro Santos encontrou a morte naquele dia. Com uma guerra colonial sem fim e sem futuro. Com o Maio de 68 ainda fresco.
Nesse dia um outro estudante foi ferido. Ele também um homem corajoso. Refiro-me ao também, então, estudante de direito José Lamego, ex secretário de Estado dos Negócios Estrangeiros, baleado numa perna de que hoje ainda padece.
O seu assassino nunca foi julgado. Os regimes nunca julgam os seus beleguins.
Ribeiro Santos faz agora 34 anos de morto. A memória vai-se esvaindo, não há volta a dar, mas devemos ter sempre presente que a PIDE existiu.
escrito por Carlos M. E. Lopes
O 12 DE OUTUBRO DE 1972
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