Para não esquecer...

COLABORACIONISMO

Igrejas querem investigar «colaboracionismo»

[bonito título de uma notícia publicada por Ecclesia].
O colaboracionismo das igrejas deve ser investigado cuidadosa e minuciosamente. Em nome de Deus muitas tropelias se cometeram e cometem por todo o mundo. A Inquisição portuguesa já vai longe e muitos dos seus horrores já viram a luz pela mão de categorizados investigadores
[como Antonieta Garcia, do Fundão, a quem envio um abraço].
Ao ler a notícia que, por acaso, se referia a vários países chamados do «leste», pus-me a pensar se o Padre Mário Oliveira
[que a hierarquia católica quis lixar na Lixa]
estaria na Comissão que a Conferência Episcopal Portuguesa certamente nomeará, em breve, para investigar o colaboracionismo de muitos religiosos
[bispos incluídos],
durante o período de 1937-1975, sem querer limitar a sua acção a outras épocas. Por dever de solidariedade institucional, a Conferência Episcopal Portuguesa poderia e deveria incluir no seu raio de acção investigativa o colaboracionismo dos religiosos nas ex-colónias portuguesas
[terras de missão, como então se dizia]
com a PIDE/DGS e outras ervas de igual peçonha.

A investigação proposta na notícia é motivada pelo caso de D. Stanislaw Wielgus, que renunciou ao cargo de Arcebispo de Varsóvia, no início de Janeiro, pressionado pela acusação de ter colaborado com os serviços secretos comunistas.

Em Portugal, a investigação vai descobrir que os bispos e arcebispos portugueses colaboracionistas tiveram mais sorte: todos eles se reformaram
[e alguns ainda hoje recebem chorudas reformas e homenagens públicas]
sem pressões para que renunciassem aos seus cargos.

A Comissão episcopal não terá muita dificuldade para encontrar uma dúzia de casos num par de horas, mas se tiver problemas, estou disposto a ser colaboracionista
[perdão, colaborador],
para vários casos documentados durante o período de 1968-1975.

Só agora reparei que a notícia do «colaboracionismo» tem a ver com o comunismo
[já me estava a parecer demasiado bom para ser verdade].
Nesse caso é evidente que não haverá Comissão portuguesa
[no Céu, glória e na Terra, paz].
Retiro o que escrevi atrás. É favor limpar tudo de todas as memórias
[rom, ram e discos rígidos].
Os bispos e arcebispos portugueses podem continuar a gozar as suas reformas sem que o destino das suas vítimas lhes cause engulhos nem lhes tire o apetite.

escrito por J. Alberto, Porto Rico

1 comentário(s). Ler/reagir:

Anónimo disse...

Viva a tolerância do Ai Jesus!!!
Vivam os defensores do 25 A.
AINDA QUEREIS DAR LIÇÕES?
O vosso lugar era a comer lama nos campos de concentração da Coreia do Norte.