Para não esquecer...

BREVES -8. nos 2 anos do governo pê-èsse

  1. O disparate parece ser característica dos últimos presidentes da república. Foi particularmente no segundo mandato que o disparate se notou mais em Jorge Sampaio
    [recordo aquele famoso horário de trabalho dos professores finlandeses, para cumprir o qual estes teriam que trabalhar de manhãzinha até à noite, aos sábados e talvez mesmo aos domingos].
    Ainda em início do primeiro mandato, Cavaco começa cedo. Palavras suas, hoje:
    ...em Oliveira de Frades estivemos numa empresa de produção de torres para o mercado nacional e de Espanha, que aumenta o número de empregados ao ritmo de dois por dia.
    Ao ritmo de 2 por dia?! 2 por dia, ao fim de 1 ano... e ao fim de 2 anos... como diria o outro, é só fazer as contas...

  2. Avaliando os 2 anos de governação socrática, o ex-ministro do pê-èsse António Arnaut lembrou que
    Um governo do PS tem a obrigação indeclinável de fazer as reformas possíveis que encurtem as desigualdades sociais e reduzam as injustiças,
    tendo acrescentado que
    nem sempre isso tem acontecido, designadamente no sector da Saúde.
    Na esperança de que elas se multipliquem no interior do partido, folgo por ouvir estas críticas na boca de Arnaut
    [um dos poucos ministros pê-èsses que eu admiro, enquanto criador do Serviço Nacional de Saúde].
  3. A magna justificação das medidas do governo pê-èsse tem sido, nestes 2 anos, o princípio "socialista" da igualdade. Foi para caminhar no sentido da igualdade dos funcionários públicos com os restantes trabalhadores
    [que Santos Silva confirmou hoje na Sic Notícias como um objectivo do governo]
    que o governo desfez em poucos meses direitos que resultaram, nalguns casos, de muitas lutas de muitos anos
    [recordo, como exemplo, quanto foi árduo conseguir o fim da candidatura ao 8º escalão da carreira dos professores; agora, com as quotas, o governo conduziu estes profissionais a uma situação anterior mesmo a essa candidatura].
    Quando todos os trabalhadores portugueses estiverem iguais
    [quero dizer, nivelados por baixo]
    será talvez então o momento de o governo pê-èsse invocar a solidariedade proletária internacional para tentar a igualdade dos trabalhadores portugueses com os trabalhadores de outros países
    [com os horários de trabalho e os salários dos trabalhadores chineses, por exemplo].
  4. Se este governo é socialista, puta que pariu tal socialismo em vez o ter abortado!...
escrito por ai.valhamedeus

3 comentário(s). Ler/reagir:

lourenja.blogspot.com disse...

Devia nivelar todos por todas a sregalias e mordomias que os decisores políticos têm.
Disse um político de nomeada que hoje para estar na política não é necessário ser inteligente, mas sim resistente, francamente!!!

Anónimo disse...

Na volta e, para que tudo fique ainda mais igual (mais igual que a igualdade)"Governo quer alterar definição de zelo e lealdade na função pública" (título do 'Público' de hoje).
Motivos perfeitamente confessáveis, sem decoro, nem vergonha, como vem sendo apanágio deste governo Pê quê?:
"...para tornar mais viável a possibilidade de, na sequência de um processo disciplinar, um funcionário ser alvo de despedimento por falhas graves [por exº, não conseguir recitar, de cor, os «quatro» cantos dos Lusíadas (diriam os gatos)] ao nível do desempenho. Tudo no 'Público'. Já nem se incomodam com o rabo de fora; mostram a peça toda. Valentes!
jcosta

Amenophis disse...

Já que isto mais em cima vai "numa de açores", transcrevo aqui um comentário de um açoriano socilista" medeiros Ferreira no blog Bicho Carpinteiro, sober os perigos Conrolo que o governo está a exercer sobre tudo e todos.
"Há coisas que se sabem como começam mas não como acabam.Os últimos dias sem acontecimentos retumbantes assistiram contudo ao anúncio de polícias concentradas e ao lançamento da hipótese de cruzamento de dados pessoais na função pública, assim como à promoção intensa do culto da personalidade.Esses elementos separados já mereceriam atenção.Juntos são motivo de apreensão.Até porque raramente são os criadores que usam a criatura.Para tudo há um João Baptista"