Para não esquecer...

O CATECISMO

BoletimAcabo de receber, em mão, pela prestimosa e prestável vice-presidente do executivo da minha escola “o boletim dos professores”, por sinal, o nº 06. São VINTE PÁGINAS a CORES, ILUSTRADAS e em PAPEL de qualidade satisfatória e… com uma tiragem de 150.000 exemplares!

Fiquei muito comovido com o processo de entrega e… com o facto de receber o querido “boletim” de forma personalizada. Eu explico: na capa, uma etiqueta impressa anuncia-me o nome

(em duplicado!)
da minha escola
(a gente reconhece melhor a coisa, quando ela se repete. Será?)
e um numerozito, com seis dígitos, também repetido
(embora o primeiro, em negrito e com o corpo maior, dê mais nas vistas, sem cegar!).
Depois, claro, lá está, preto no branco, o nome e apelidos do promitente destinatário, a quem subtraíram o título
[e acho bem: com tanta suspeição que por aí exubera, o melhor mesmo é prevenir].
O ferrito e o oliveira
[com os seus SPN e SNI]
eram uns imberbes profissionais da propaganda se comparados com o gabarito dos actuais herdeiros da coisa.

Vinte páginas de doutrinação anti-professor e de apologética ministerial, pagos à custa da degradação salarial e da humilhação continuada dos profissionais da educação... é obra!

Esqueceram-se de fazer acompanhar o remédio da bula respectiva. Nós sugerimos o texto:
a leitura atenta e a difusão empenhada – do presente opúsculo – podem vir a dar pontos para titular. Sobre os efeitos secundários, podem começar a apresentar as vossas queixas.
escrito por Jerónimo Costa

2 comentário(s). Ler/reagir:

Anónimo disse...

150 000 mil exemplares?
Mas estes "prolegómenos a toda a destruição do ensino público em Portugal" não estão na net, na página do mi(ni)stério?
Não gostam mesmo das árvores!
porque das pessoas...

Anónimo disse...

Por que raio é que o ministério da educação deveria gostar das árvores? Isso é lá com o ministério da agricultura.
Importante mesmo é que os professores tenham acesso à educação que o ministério da dita lhes reserva a cores (para que se destaque no húmido cinzento da ministra e seus apaniguados.