Para não esquecer...

O SR. JOSÉ SÓCRATES

Quero dizer que os títulos académicos passarem a fazer parte do nome, sempre considerei e considero uma saloiice execrável. Há um médico que atende o telefone por Dr. Daniel. O que leva um colega dele a dizer: é Daniel da parte do pai e Dr. da parte da mãe.

Já me tinham dito que o Sr. Sócrates não era engenheiro. Mas há uma tendência para arranjar um título qualquer para qualquer “coiso” que ascenda ao poder

(e não só).
O Dr., o engenheiro, o arquitecto dá um certo sainete. As pessoas gostam. É certo. No Brasil levamos com tal tratamento em qualquer lugar. Aqui, em Coimbra, havia esse hábito. O meu amigo Quim conta aquela de um rapaz que pergunta, em Coimbra, onde fica determinada rua. O engraxador olha para ele e diz-lhe, “Oh Dr, o senhor sobe esta rua, vira à direita, depois enfia na segunda à esquerda, há uma praça e vira na sua primeira à direita e, aí verá, na parede, o nome da rua. O Dr. sabe ler, não sabe?”.

O parvo da questão é o Engº Sócrates
(como ele gosta, não me importo de tratá-lo assim)
nada dizer. Ele, tão cioso da competência e rigor, não cumpre as regras que exige aos outros. Deveria ser o primeiro a chamar a atenção para o facto:
“desculpe, não me trate por engenheiro porque tirei um curso não reconhecido. Tenho o 12º ano. Sejamos rigorosos”.
Mas não. Quer parecer aquilo que não é. E todos sabemos que não é só no campo académico.

escrito por Carlos M. E. Lopes

1 comentário(s). Ler/reagir:

Anónimo disse...

Curiosa semelhança com o Lula da Silva.
Ambos com licenciaturas superiores.
O Lula com uma licenciatura em parafusos;
O José da Maçada com uma licenciatura independente em ferro forjado.
Ai valhame Alla, digo eu!