Para a celebração do soalheiro Domingo de Páscoa, reuniu-se um grupo de garrafas de vinho
[com o gargalo metido nas mãos de um grupo de amigos]de diversas cores, marcas e procedências. Em geral todas foram aprovadas nos testes que se lhes fizeram durante toda a tarde.
Já tinham passado pelo exame algumas reservas chilenas, argentinas e espanholas
[uns tintos de estalar, porque os brancos ficaram sempre atrás],quando vi aparecer um branco que alguém trouxe especialmente para mim, porque sabia que eu sou da Serra da Estrela.
Lá estava o nome bem escarrapachado na garrafa: Serra da Estrela. Peguei na garrafa com carinho
[quando passarem um par de anos longe da Serra da Estrela entenderão essa coisa de pegar numa garrafa de vinho com carinho]para levar aquela estalada sonora: não era um vinho da Cova da Beira, como o nome insinuava. Nada de Fundão ou Covilhã. Nada de Viseu e Dão. Não era sequer um vinho português!
Aqui fica a prova documental. Do embuste, porque a do vinho durou pouco.
Um bom vinho, como são alguns alvarinhos, mas um vinho espanhol. Só o provei
[dizem que a curiosidade matou o gato]porque não resisti
[para sacrifício já bastaram os da Quaresma].E porque a frustração não me deixou ir mais longe. Tinha-se apagado a estrela e desmoronou-se a serra.
escrito por José Alberto
1 comentário(s). Ler/reagir:
De espanha nem bom vento, nem bom casamento! Faltava agora o vinho! ... ou a serra da estrela é de lá?
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