Para não esquecer...

DIZCIONÁRIO [49 chavões]

Cada época tem os seus. Trata-se, normalmente, de conceitos com significado ignorado

[ou só muito vagamente conhecido]
pela maior parte dos seus utilizadores. Servem como "explicação" genérica, muito vaga ou mesmo ambígua para uma multidão de fenómenos tão diversa que chega a afligir
[ou mesmo a irritar].
Seja o exemplo do "eduquês". Independentemente da justeza do conceito, hoje parece que todos os males da educação têm uma causa: o eduquês. Os alunos não sabem? culpa do eduquês! Os professores são incompetentes? resultado da formação eduquesa que tiveram! As escolas são uma miséria? como poderiam não ser, se são dirigidas
[a nível superior, mediano e inferior]
por eduqueses?

Sejam dois casos reais e concretos:
  1. Um dia destes, naquelas inspecções rotineiras pelas novidades na Fnac, detenho-me numa reedição de um livro de introdução à filosofia da Gradiva. Livro recomendável
    [digo eu, e digo-o para que se não pense que me anima qualquer má vontade contra a obra em questão].
    A promovê-lo, uma cinta de papel onde se lia
    "a filosofia de que o eduquês não gosta".
    E eu pergunto se o eduquês é o critério relevante de avaliação da qualidade de um livro de introdução à Filosofia. Mais do que critério, é chavão
    [digo eu]!...
  2. Na última Visão, Carlos Fiolhais dá nota negativa à tristemente conhecida directora de educação do norte que processou um professor objecto de delação. Faz-lhe a ficha nestes termos:
    "membro da JS, sindicalista da Fenprof e assessora de actual ministro. E, claro, "especialista" em eduquês".
"E, claro, "especialista" em eduquês"?!... Eu pergunto: mas claro porquê? será porque todos os eduqueses são prepotentes? será porque todos os prepotentes são eduqueses? que ligação necessária existirá entre os 2 conceitos? Mais do que claro, isto é chavão
[digo eu]!...
escrito por ai.valhamedeus

4 comentário(s). Ler/reagir:

Anónimo disse...

Meu caro blogger da divina guarda: nem todos os especialistas de "eduquês" são prepotentes, de facto; pois há-os... enganadores! No dia em que aparecer alguém do "eduquês" que seja sério, fará o favor de não querer fazer omoletes sem ovos, nem bolos sem forno ou fogão! Pelo contrário, limitar-se-á a dizer que sabe umas ideias que dão mestrados e doutoramentos e até ajudam a subir na carreira... Valha-te Deus!
Abraço, ALM

Anónimo disse...

E valham-nos as omeletes e não "omoletes". Já não me espanto com a palavra mal escrita em quanto é restaurante. Ou quase.

Anónimo disse...

Agradeço o remendo que, confesso, foi involuntário, pois ao escrever comentários em blogs muitas vezes não faço correcção final (como prova disso, em posts meus anteriores não cometi tal lapso). Já agora e retribuindo, penso que quem me corrige comete tb um erro: falta a palavra «tudo» na frase "palavra mal escrita em quanto é restaurante" (entre a preposição «em» e «quanto»). Mas, afinal, herrar é umano!! :)

Anónimo disse...

Obsservando a profunda discução das omoletes/omeletes tambein quero dar a nha eixplicassão. As duas palavras tão muita bem escrevidas porque são difrentes. Então é acim: á hovos muita brancos e hovos muita amarelos. As omoletes são feitas com hovos amarelos lavados com OMO e podem ser comidos por omes e por munheres. As omeletes são feitas com hovos amarelos e são prós omes.
Já persebestens?