Para não esquecer...

O SALTO PARA O PAPAMÓVEL

O acontecimento teve lugar já no passado dia 6 e, portanto, não é a notícia que interessa: é suficientemente conhecida, mas recordo-a. Quando Sua Santidade Bento XVI (SSB16) se movia transportado no papamóvel, um jovem alemão tentou mandar-se para o veículo. Foi parado pelos musculosos guarda-costas e, a seguir, ouvido por um juiz e "visto" num hospital psiquiátrico, démarches suficientes para o Vaticano concluir que o moço, "desequilibrado"

[mesmo ou até porque considerando-se profeta],
não queria matar o Sumo Pontífice mas apenas chamar a atenção sobre si próprio.

Duas considerações:
  1. O Le Monde escreveu que os guarda-costas foram suficientemente eficazes para que SSB16 nem se tivesse apercebido. Segundo o Público, SSB16 continuou a acenar para a multidão sem esboçar qualquer reacção. A falta de reacção de SSB16 fez-me admitir a hipótese de o Sumo confiar cegamente na protecção celeste. Hipótese que abandonei mal vi as fotos da coisa: tanta segurança fez-me lembrar a canção do Zeca que pergunta se os pára-raios nas igrejas não são sintoma de que os fiéis não confiam lá muito em Deus... e preferir a hipótese de a confiança papal se segurar mais nos musculados funcionários humanos do que no olhar divino.

  2. Quando a coisa teve lugar, nenhum dos fotógrafos profissionais
    [colocados em lugar específico]
    estava por perto. Duas fotos de qualidade foram tiradas por um turista italiano, descobertas, após algumas horas de procura, por uma agência noticiosa que as comprou por 300 euros. "Um pequeno preço", confessa o patrão da agência, que depois as vendeu bem vendidas ao mundo inteiro
    [em França, em exclusivo a um semanário que as publicará na próxima edição]
    e que acrescenta satisfeito: "os nossos concorrentes da agência Reuters, que estavam na mesma pista, estavam dispostos a propor-lhe vinte vezes mais, mas chegaram demasiado tarde".

    Que mal há nisto? são estas as leis da concorrência da sociedade em que vivemos. Pois, claro!... Há circunstâncias idênticas, mas com outros protagonistas ou os mesmos mas em posições trocadas, que recebem outro nome: roubo. Ou, no mínimo, desonestidade.
escrito por ai.valhamedeus

1 comentário(s). Ler/reagir:

morffina disse...

Anda cá ó Joseph! Já não me conheces vestido? Dá cá um abraço!
uummmmfff! Ai! Que brutos!

(Gravação comprada por milhões por uma entidade "anónima")