Ora aqui vai a notícia, conforme o prometido no meu comentário. RC/Fonte: afp
FOME ENVERGONHADA (sic)E eu, por minha parte, acrescento o testemunho de um irmão dum cunhado meu que foi chutado de lá quando lhe diagnosticaram um cancro, do qual já faleceu infelizmente, porque era imigrante dos “verdadeiros” e não tinha seguro de saúde. Veio para Portugal e enquanto viveu foi tratado com todo o carinho, como ele próprio dizia, por médicos e enfermeiros nos hospitais de Coimbra. E sem pagar um centavo! (Não havia ainda taxa moderadora).
Nova Terminologia para classificar os americanos que passam fome. (sic)
“O governo americano introduziu recentes alterações à terminologia que classifica os mais de onze milhões de americanos que sofrem de fome como indivíduos dotados de uma “segurança alimentar muito reduzida”.
Segundo o relatório anual sobre a fome nos Estados Unidos, tornado público pelo departamento de Agricultura, em 2005 cerca de 35 milhões de cidadãos deste país tinham dificuldade em alimentar-se e 10,8 milhões passavam fome.
No ano anterior, a terminologia referia-os com “insegurança alimentar com tendência para a fome”; encontram-se este ano na categoria “segurança alimentar muito reduzida”.
Esta alteração provocou a ira das organizações americanas de luta contra a fome, que vêem na nova terminologia uma dissimulação da realidade.
"Existe uma tendência muito preocupante no sentido de adocicar as palavra", diz Jim Weill, director do centro de Acção e Pesquisa para a Alimentação, uma organização com fins não lucrativos com sede em Washington.
"No entanto, quaisquer que sejam as palavras que se escolham, existem cerca de 35 milhões neste país que lutam para não morrer de fome, explica Weill, concluindo ser impossível esconder o facto de sermos um país incrivelmente rico que se debate com um problema desta natureza.
Pela sua parte, as autoridades americanas defendem que esta mudança de terminologia se baseia numa recomendação das Academias nacionais, que aconselham o governo sobre matérias como as ciências e a medicina.”
O testemunho de outra imigrante: América?! América é aqui, onde se pode ainda estar à conversa no café. Lá, se queremos dinheiro, temos de nos matar a trabalhar.
Mas como não sou, nem nunca fui, fundamentalista, tenho de reconhecer que esse país, como aliás outros, tem coisas boas: algum cinema, mesmo o “mainstream”; dá oportunidades que não se encontram noutros, etc. Mas à custa de quem, e de quê?
O governo que o diga e os povos que os interesses americanos, e não só, mantêm sob a sua alçada. E talvez os americanos que se interrogavam, após o 11 de Setembro, da razão pela qual “o mundo os odiava tanto”, obtenham a resposta. Ou parte dela.
escrito por Gabriela Correia
0 comentário(s). Ler/reagir:
Enviar um comentário