Para não esquecer...

GOD BLESS AMERICA

Na revista de sábado do DN, Joel Neto enfileira um conjunto de razões pelas quais ele é pela América. Diz ele:

“E se eu tivesse de ser imigrante, preferia ser nos Estados Unidos a sê-lo em França. Se tivesse de ficar doente, preferia adoecer nos Estados Unidos a adoecer em Inglaterra. Se o meu país tivesse de ser ocupado, preferia que o fosse pelos Estados Unidos a sê-lo pela Alemanha.”
Depois também deambula pelas invasões dizendo que, das 70 intervenções feitas pelos Estados Unidos, nós concordamos com 65. Não sei quais são. E dá, entre outros, o seguinte exemplo: falamos mal porque intervieram no Koweit e mal por não intervirem no Ruanda.

O mal destes lacaios é nunca perceberem nada. Melhor, não lhes convém perceber. Querem convencer, tal como os José Manuel Fernandes, de que tudo o que vem da América é bom. Se a América faz, é bom para a Humanidade.

É pena que as comparações não sejam mais vastas -- e mesmo estas...

Os americanos de origem portuguesa expulsos e recambiados para os Açores estão melhor que os portugueses que emigraram para a França? Se não tiveres seguro recebes o mesmo tratamento que recebes em Inglaterra? Nos últimos 60 anos, quantos países invadiu a Alemanha? E pergunto mais: ser desempregado na Amércia é melhor que ser desempregado em França?

Não quero ir depois para as razões “humanitárias” das invasões americanas. A coisa é tão ridícula que até fede.

O que estes senhores querem é ser penetrados por um bom americano do Harlem, em vez de um magrebino de Saint Dennis.

escrito por Carlos M. E. Lopes

2 comentário(s). Ler/reagir:

Anónimo disse...

Apoiado. Só por isto, vou transcrever no aijesus uma notícia sobre os 35 milhões(não, não é engano) de americanos que "lutam para não morrer de fome". Só espero que o responsável pelo blogue, a quem tiro o meu chapéu pela selecção de músicas no podcast,tenha acesso à net o quanto antes, lá no destino turístico para onde se dirige.
Gabriela Correia

Anónimo disse...

Muito bem observado. Esse tal Neto nunca foi imigrante nos Estados Unidos. Por isso nunca sentiu olhares de desprezo encerrados na palavra «latin». E só por parvalhão ignorante é que desejaria adoecer nesse país, onde os muito pobres morrem nos corredores dos hospitais e os muito ricos buscam remédio em hospitais cubanos. Os do meio safam-se com seguros privados de saúde que em média lhes custam a módica quantia mensal de 400 dólares, sem serviço de farmácia. Se este pobre colonizadosin duda que sí tivesse que emigrar para esse paraíso, estaría atolado no grupo dos mais pobres, pelo que podemos inferir que gostaria de estar doente num corredor de hospital, deitado numa maca durante uma semana. O tipo é parvo ou anda a praticar!