Para não esquecer...

A AVALIAÇÃO DOS PROFESSORES

Passo olhos velozes pelas propostas

[do Ministério da Educação]
das várias grelhas de avaliação dos professores e
  • ...já estou a ouvir a dona Lurdes, o Valter ou o Pedreira proclamarem a objectividade da coisa: são conjuntos de ítens, a cada um deles o avaliador atribui uma pontuação, somando-as e embrulhando-as nalguns casos em fórmulas enrevesadas obtêm-se subtotais em cada grupo e, tudo somado, dá o total-total. Ora todo este processo é rigoroso apenas na soma dos pontos, porque todo o processo de atribuição dos mesmos é (inevitavelmente) subjectivo.

  • ...fico com os olhos em bico face a determinadas opções. Seja esta, retirada da avaliação pelo Presidente do Conselho Executivo: o docente que cumpre 100% do serviço lectivo tem classificação de 10; se cumpre entre 95% e 99,9%, tem 8; se cumpre mais de 90% a 94,9%, tem 5 pontos. Não me enganei, não: o cumprimento de 94,9%
    [deixo de lado a ausência da consideração das razões do não cumprimento]
    tem metade da pontuação obtida pelos 100%. Quem cumpre menos de 80%
    [sejam 79,9%]
    tem apenas 1.

  • ...constato coisas diabólicas
    [ainda que já anunciadas].
    Seja este o exemplo: o professor obtém classificação em função da melhoria dos resultados escolares dos alunos relativamente ao ano anterior
    [e no primeiro ano da disciplina, como é?],
    à evolução média dos alunos da escola, dos alunos da turma, etc.
    [etc. inclui, por exemplo, a classificação em função do abandono escolar dos alunos...].
    Ai, meu Deus! no que isto vai dar!...
Perguntam-me como é que seria uma avaliação séria?! não sei! só sei que assim não é!

escrito por ai.valhamedeus

4 comentário(s). Ler/reagir:

morffina disse...

Estou 100,1% de acordo contigo.

Quantos pontos levam os que conseguem entender esta forma de avaliação em 49,9%?

Abraço
MF

Anónimo disse...

E se for 49,99 como é que a coisa fica?

Anónimo disse...

Muitíssimo bem observado.
Mas não brinquem com coisas sérias.
O próximo passo será adaptar esta lógica da batata-doce à avaliação dos alunos. Ou seja, isto é, quer dizer... um professor para ser coerente com os critériso da avaliação ministerial, deve dar 20 aos alunos que tiverem um exame 100% certo! Um lindo 16 aos que entregarem um exame com acertos entre 95 y 99%. Com 90 a 94,9% das respostas certinhas, a miudagem gozará à brava com o seu merecido 10. Quem apenas puder provar que o seu conhecimento não vai mais além de um mísero 89,94%... prontes, chumbou.
E a rapaziada que só chegar aos tais 89,94% tem que dizer adeus às universidades, porque o Valterzinho quando era reitor de uma espécie de universidade, não recebia alunos con menos de 16. Nem tolerava professores que cumprissem menos de 90%.
Pois é... pois é...
agora já percebo a frustraçãozinha dos tais políticos (lurdinhas, valterzinho e quejandos) que querem fazer por decreto o que nunca puderam fazer com sabedoria, preparação, dedicação e trabalho quando tinham a massa na mão...
Assim até o burro do almocreve dirigia a educação!
Será por isso que essa coisa está como a vemos?

Anónimo disse...

Volta Santana, que estás perdoado! Ao pé de semelhantes animais és um génio...