Para não esquecer...

A AVALIAÇÃO DOS PROFESSORES (2)

O Púbico de hoje anuncia, repetindo o anúncio do ministério, que a avaliação dos professores já tem regras.

Que a dona Lurdes, a ministra, faça o anúncio, entende-se: tem que fazer a sua publicidade,
[enganosa ou não, não interessa].
Mas o Público tinha obrigação de saber que a avaliação dos professores já tinha regras. E que as regras já existentes tinham mais justeza
[para não dizer mais justiça, o que também é verdade]
do que as actuais.

José Manuel Fernandes fica pouco satisfeito quando o ministério lhe não dá as notícias que lhe interessam do modo que lhe interessa
[como aconteceu recentemente com os resultados dos exames nacionais],
mas aproveita todas as que lhe interessam. E quais são as que interessam? As que podem de qualquer modo denegrir o ensino público em geral
[os rankings são indecentemente aproveitados para tal]
e os professores
[do ensino público]
em particular.

Sabe-se quem é o dono do Público
[e o que dos professores e da escola pública o mesmo diz].
Adivinha-se facilmente que o ideal do mesmo seria ter ao lado de cada Modelo/Continente uma escola
[particular-dele, claro]
e um hospital-maternidade
[particular-dele, claro. E esta estória já começou, como se sabe, com a substituição de centros de saúde que fecharam]
e outra qualquer fonte de dinheiro, de preferência intercambiável
[uma escola que dê estagiários para as caixas dos Modelo/Continente, por exemplo].
[Exagerado, eu?! Como dizia o outro, a História me absolverá...]
escrito por ai.valhamedeus

[o texto anterior sobre avaliação dos professores está aqui]

2 comentário(s). Ler/reagir:

Anónimo disse...

Curioso que tenha passado tão eficazmente para o povo a ideia de que o ensino e os profes eram uma balda antes de lurdes rodrigues.
Eu, professor há 30 anos, nunca vi tanto desinteresse e desmotivação de profes e alunos...
Maria de lurdes, valter, e os seus raros discípulos nas escolas, deviam parar para pensar nisto. Eu sei que a filosofia bulldozer não se compadece com "parar para reflectir", mas temo que assim sobrevivam apenas as escolas particulares que
não dependem desta tutela. Dá a impressão que pretendem afundar completamente o público para depois nos acenarem com as virtudes do privado.

Conhecemos o poder dos media e sobretudo dos impérios económicos que estão por detrás deles, como é o caso do "isento" público.
Espanta(-me) contudo que não sobreviva/exista imprensa vertical neste país de novo "democraticamente" amordaçado. Onde está, por exemplo, o "jornal do funchal", aquela publicação cor-de-rosa que ousava enganar o lápis de salazar/caetano

Anónimo disse...

Muito bem observado, Vitor, mas se não conheces o «Jornal do Fundão», não sabes o que tens perdido.
A categoria das novas regras das avaliações das professoras e professores, deve ser mais ou menos como a categoria das regras da dona Lurdes, ou seja, menopausicas!