Para não esquecer...

"VISITA" POLICIAL AO SPRC

A propósito da “visita” da polícia à sede do SPRC na Covilhã, uma emissora nacional de radiodifusão fez passar nos seus noticiários de ontem, a partir de meio da tarde e à noite, uma série de equívocos e mentiras. Sobre o que foi divulgado, o SPRC passa a informar:

  1. É mentira que os agentes policiais tenham “visitado” o SPRC por este, tal como a União de Sindicatos, ter comunicado às autoridades a realização de qualquer manifestação na Covilhã. O SPRC não entregou nenhuma comunicação, nem tinha de entregar (a União de Sindicatos era a entidade organizadora do cordão humano). O SPRC convida, quem o afirmou, a apresentar a alegada comunicação.
  2. É mentira que o SPRC tenha solicitado, para hoje, uma reunião à senhora governadora civil. O SPRC convida, quem o afirmou, a apresentar a carta em que a alegada reunião foi solicitada.
  3. É mentira que o funcionário do SPRC tenha oferecido um café aos agentes policiais. Não por má educação do funcionário, mas por não haver máquina de café na sede do Sindicato.
Ainda sobre este caso, o SPRC manifesta a sua mais profunda surpresa pelo facto de, na notícia ontem posta a circular, se afirmar que o inquérito da IGAI apontava para uma versão diferente da que fora divulgada pelo SPRC. Como poderia já haver, a meio da tarde, uma “inclinação” quanto às conclusões do inquérito se, a essa hora, o funcionário e a dirigente do SPRC ainda não tinham sequer sido ouvidos? O funcionário foi ouvido pelo senhor inspector da IGAI a partir das 19 horas e a coordenadora distrital do SPRC a partir das 21 horas… O SPRC está certo de que a fonte da notícia não é a IGAI, pois, se assim fosse, estaria desacreditado todo o inquérito, na medida em que, este, “antes de o ser já o era”. Da mesma forma, o SPRC não acredita que as conclusões desse inquérito possam ser manipuladas por interesses que não sejam os do apuramento da verdade dos factos.

Por fim, o SPRC esclarece não ser sua intenção responsabilizar os dois agentes que “visitaram” as suas instalações. Seria simples demais concluir que o teriam feito de modo próprio, o que parece improvável. O que pretende o SPRC é que sejam apuradas responsabilidades políticas pelo que aconteceu, pela primeira vez, em 25 anos de vida do Sindicato, o que retira à operação qualquer carácter de rotina. É necessário saber quem ordenou a “visita”, quais as verdadeiras razões (as até agora alegadas são falsas) e responsabilizar o decisor por uma acção reprovável e repugnante à luz das regras da democracia política e institucional. Portanto, é pouco sério que, neste momento de inquérito, haja quem procura desviar as atenções do essencial. E o essencial foi a “visita” policial às instalações do SPRC… independentemente de os agentes terem ou não tomado café (o que, como se disse antes, não poderia ter acontecido).

O SPRC aproveita a oportunidade para anunciar que amanhã, sexta-feira, dia 12 de Outubro, pelas 11 horas, será entregue nos serviços do ministério público do Tribunal de Montemor-o-Velho uma queixa contra a actuação do chefe de posto da GNR desta localidade no passado dia 7, domingo. Na ocasião, e na óptica do SPRC, este responsável não só abusou do poder que lhe estava confiado, como apresentou uma atitude que se considera persecutória de cidadãos ali presentes.

No local, o SPRC promoverá uma Conferência de Imprensa em que apresentará a sua apreciação sobre os acontecimentos tanto em Montemor como na Covilhã, que revelam uma evidente e preocupante degradação do estado da nossa ainda jovem democracia.

Estarão presentes no Tribunal de Montemor, às 11 horas, Mário Nogueira (coordenador do SPRC), Anabela Sotaia (coordenadora-adjunta do SPRC), Dulce Pinheiro (coordenadora do Executivo Distrital de Castelo Branco) e António Gonçalves (responsável do Gabinete Técnico-Jurídico).

Convidamos os senhores jornalistas para estarem presentes.

11.10.2007
A Direcção

escrito por ai.valhamedeus

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