- Já não é novidade para ninguém, mas, mesmo assim, os meios de comunicação social encarregam-se de o lembrar
[ainda ontem o ouvi num "telejornal"]:
temos que continuar a apertar o cinto. Por causa do défice, porque a economia do país está mal, porque o preço do petróleo continua a subir... Este Natal vai ser de apertos, garantia a notícia televisiva. - Também não é novidade para ninguém: o ministério da justiça vai apertar o cinto... de carros novos. 5 automóveis topo de gama. Como é hábito deste governo, o ministério em questão fez questão de sublinhar que tudo foi feito no estrito cumprimento da legalidade. É assim que eu gosto que as coisas sejam feitas: legalmente
[nem que para tal seja necessário alterar a lei; não foi o caso, mas já foi noutros casos]...
- Os bancos portugueses também continuam a apertar o cinto, que a coisa também está difícil para eles: os cinco maiores bancos a operar em Portugal obtiveram lucros de 2204,8 milhões de euros nos primeiros nove meses deste ano, mais 13 por cento que em igual período de 2006. Agora eu pergunto: lucros de 2204,8 milhões de euros é alguma exorbitância? é só mais 13% do que em 2006 -- e 13 é assim tanto?
escrito por ai.valhamedeus
2 comentário(s). Ler/reagir:
Se a mentira matasse, Portugal tornava-se ingovernável por causa da elevada taxa de mortalidade: não haveria governantes nem candidatos a ganhar eleições! E até temo que muitos anónimos eleitores deixariam igualmente de fumar...
Abraço,
ALM
E depois vêm-nos falar da necessidade de cortes na saúde e na educação, como se esses não fossem pilares básicos de qq sociedade moderna.
Nós sabemos que os pilares deles são outros! São os das novas pontes, aeroportos e TGVs. Coisas à grande, como os mamarrachos-estádios, as auto-estradas paralelas umas às outras (não conheço nada assim na rica europa).
Enfim "investem" em tudo o que dá nas vistas e pode dar votos imediatos.
Esta "filosofia" passa também para o povo que compra casas sobre-dimensionadas (alimentando os sorvedouros das nossas poupanças e salários-os bancos) e as não pode depois pagar, carros caros que se imobilizam à frente da casa por não haver dinheiro para o petróleo, etc, etc
Este país está a precisar de uma radical revolução cultural. Não a do defunto Mao, mas algo que nos desadormeça!
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