Vasco Pulido Valente acaba de publicar um livro sobre as invasões francesas. Do livro saltam duas coisas que me parecem interessantes. A primeira é que a arraia miúda é que fez frente aos invasores. A segunda é que a guerrilha torna impossível a vida aos invasores. Diz Pulido Valente que tal tipo de defesa foi uma inovação... portuguesa. Daí ter surgido o maneta, o General Loison.
À falta de um país organizado em torno de um chefe, o povo começou a agir por conta própria. Os franceses não tinham um verdadeiro exército pela frente, mas bandos de populares que faziam razias nas tropas invasoras. Como retaliação, o General Loison
(o maneta, não tinha um braço...)cortava a direito e matava crianças, mulheres e velhos. Faz lembrar o Vietnam
(massacre de May Lay)e Wiriamu, em Moçambique.
Como se sabe, os franceses foram corridos e o exército imperial francês saiu, ainda que, com a protecção inglesa, tenha levado o que tinha saqueado por cá.
Os ingleses também não perceberam a importância da guerrilha contra os franceses e, com a arrogância que se lhes conhece, desconsideraram o contributo dessa forma de luta no combate aos franceses.
Parece que se poderia ver um certo paralelismo com o Iraque. Não?
escrito por Carlos M. E. Lopes
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