Para não esquecer...

ANDA TUDO MAL... -6- cozinha de 3 estrelas

A Sic acabou de passar uma reportagem sobre um espectáculo reservado

[segundo o observatório do Algarve]
"aos olhos de muito poucos e à boca de muitos menos"
[mais apropriado seria dizer, digo eu, à bolsa de muitos menos].
Foi isto: o único restaurante português com duas estrelas Michelin, algarvio de Albufeira, repetiu o que já fizera no ano passado: trouxe, da alta cozinha europeia, cozinheiros com uma, duas e três estrelas Michelin. Gente que, soube-se, ganha alguns milhares de euros por dia
[mas isso é o menos].
Gente que confeccionou refeições artísticas
[seja lá isso o que for]
que custaram, individualmente, algumas centenas de euros
[mas isso é o menos].
Os milhares de euros implicados são o menos
[salvo seja: a reportagem foi antecedida, uns minutos antes, por uma outra sobre as consequências das cheias em Moçambique, com as misérias que facilmente se adivinham. Mas isso é o menos: já se sabe que é este o mundo em que vivemos].
O que é o mais é a imagem de um alto cozinheiro que passa a mão no nariz, presumivelmente para se coçar, e logo a seguir a enfia nos alimentos com que compõe a refeição artística. Divinal! Se o máximo do estrelato Michelin não fosse três, eu diria tratar-se
[ai, Jesus!]
de um cozinheiro cinco estrelas.

escrito por ai.valhamedeus

2 comentário(s). Ler/reagir:

Anónimo disse...

E não será a ranhoca rica em proteína?

Anónimo disse...

Não, o tempero é que ficou 5 estrelas!!