Para não esquecer...

Pê... quê?! [49] OS PROFESSORZECOS

Um dos instrumentos de publicidade deste governo tem sido a quantidade de produção legislativa e de tomada de decisões

[fogo de artifício, na maior parte dos casos -- mas o fogo de artifício ajuda à festa].
Nos últimos dias, a habitual diarreia legislativa, no domínio da educação, foi de esguicho: o governo esguichou diplomas a um ritmo alucinante
[possivelmente para que o impacto de um diploma amortecesse o do anterior].
Resultado: diplomas com aplicação inexequível, como justificam as várias reacções de vários Conselhos Pedagógicos por todo o país, designadamente, em relação ao diploma da avaliação dos professores
[alegro-me com a constatação de que são cada vez menos os professores que põem o cu a jeito].
E são cada vez mais as confirmações: agora, foi o próprio Conselho das Escolas (CE),
[cito o Público]
órgão consultivo do Ministério da Educação criado pela actual equipa, que "entende que é "manifestamente inexequível" a aplicação do novo modelo de avaliação dos professores "nos termos, prazos e procedimentos com que está actualmente a ser aplicado". Por isso, pede à tutela que suspenda o processo até que sejam publicados "todos os documentos, regras e normas legais" previstos na legislação". Esta equipa é tão cega, que, contra todos os conselhos e avisos, promete o que visivelmente não pode
[por impedimento legal ou temporal]
cumprir, como foi o caso das fichas de avaliação dos docentes que o ministério prometeu, sem cumprir, divulgar ontem. Ou como é a sua insistência no prazo de 20 dias para operacionalizar a avaliação, quando o Conselho Científico
[de cujas orientações o processo legalmente depende]
não está sequer constituído.

A contestação à arrogância do governo pê-èsse parece ser cada vez maior também dentro do grupo parlamentar do pê-èsse, que, em reunião, terá sido acusado pelo mistério da educação de estar a defender os "professorzecos". "Professorzecos", sic!.

Esta semana, uma sondagem fez-nos saber que os professorzecos estão no topo da confiança dos portugueses e os senhores políticos, na base -- e que estas são também as posições a nível internacional. Será isso que tem originado as investidas dos políticos pê-èsse contra os professorzecos, na tentativa de trocar as percentagens respectivas?

Em suma, começo a retocar a minha auto-imagem. Ao longo do domínio deste governo pê-èsse, tenho passado por maus momentos, em que cheguei a pensar que não estava no meu perfeito juízo por me achar pouco acompanhado na péssima ideia que tinha desta equipa governamental. Começo a sentir-me menos só...

escrito por ai.valhamedeus

3 comentário(s). Ler/reagir:

pn disse...

Meu Caro,
eles sabem do que falam...
a maior parte dos "professorzecos" foi para político por manifesta incapacidade de ser DOCENTE (aquele que dá)

sem mais, conta os de Viseu...
e já agora, do partido em epígrafe

fácil é chegar à conclusão de que o menosprezo não é mais do que mera auto-análise.

o povo é sábio e diz:
"ovelha ruiva, como é assim cuida"

e de facto, deputadozecos, ministrozecos et all, andam por aí cabonde a fazer merda todo o santo dia, nem o domingo poupando!

ABR

Anónimo disse...

É bom não esquecer...
Estes palhaços mudam de 4 em 4 anos...
Os professores são-no para toda a vida!
Um abraço a todos os professores que nos acompanharam em toda a vida

Anónimo disse...

Conte com o meu repúdio, tripúdio, (n)púdio, ó "Good Gracious Me"! que é como quem diz: ai.valha-me deus em inglês.

Gabriela