Para não esquecer...

O REGICÍDIO

Sou republicano, ou melhor, sou antimonárquico e para tal posição muito contribuem… os monárquicos. Penso que é mau a pessoa ser anti qualquer coisa. Mas, no caso, a República é o menos mau dos sistemas. Repugna-me que a pessoa seja uma predestinada a reinar, mesmo que seja um mentecapto, como sucedeu ao longo da nossa história. Não concebo tal situação. E para isso o nosso “pretendente” muito tem contribuído.

O regicídio, cujo centenário ora se celebrou, não deveria ser motivo de comemorações, muito menos servir para glorificar os seus autores. A morte, seja qual for a sua modalidade, não se celebra. Lamenta-se. Deve-se saudar, isso sim, a República.

D. Carlos era um Rei, com a legitimidade própria dos tempos. Era um Rei constitucional. Há quem diga que um Rei com muitas qualidades e muitos defeitos. Culto e esbanjador, amante da ciência e arrogante, todas essas características coexistiam no nosso monarca. Diz-se que terá sido morto, não pelos seus defeitos, mas pelas suas qualidades. Terá sido? Não sei, mas não me admirava.

escrito por Carlos M. E. Lopes

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