Belmiro de Azevedo é conhecido, mais do que por ser engenheiro, por ser especialista em diversas áreas, que vão da economia à educação. Ontem puxou as orelhas ao governo por este se ter manifestado, pela voz do ministro das Finanças, favorável a uma concertação europeia no que respeita aos salários dos gestores, bem como a uma moralização dos mesmos, «designadamente no sector público, que é aquele que mais depende das decisões do Governo».
As razões do senhor SONAE parecem ser pacíficas: a acção do governo deve limitar-se aos gestores públicos, porque apenas estes são pagos com dinheiros públicos. Faltou ao sr. engenheiro-economista explicar de onde vêm os dinheiros para pagar aos gestores das empresas privadas -- de onde vêm os dinheiros para pagar aos gestores da SONAE. Se o sr. engenheiro-economista pensa que saem do bolso dele, é altura de deixarmos de "frequentar" os Continentes, os Modelos, as Wortens... e talvez o sr. engenheiro-economista se lembre de um ditado popular que diz assim, textualmente: ou há moralidade ou comem(os) todos... E, mesmo que não pense, talvez aprenda que, se vivemos numa economia livre e aberta, como ele gosta de sublinhar, não vivemos
[ou não deveremos viver]numa economia onde vale tudo. Onde vale coabitarem os que morrem de miséria e os que morrem de fartura.
escrito por ai.valhamedeus
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O Belmiro dos Azeites até tem razão.
Mas não sei é se ele paga assim tão bem aos seus gestores (excluindo os que vêm da área da governação)
Levando em conta o que paga aos trabalhadores das suas empresas o Belmiro dos Azeites até dos merceeiros que mais mal paga.
Aquilo de dizer que o governo nada tem a ver com o assunto é para atirar poeira para os olhos.
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