Espantei-me com a quantidade de gente que insultou os camionistas e a sua luta. Do PCP ao PSD, toda a gente achou que os deveria insultar, chegando até a ameaçá-los de prisão por terem interrompido as auto-estradas. Um qualquer CGTP disse mesmo que era uma manifestação selvagem
E ninguém vem dizer o óbvio: o descontentamento é grande, este governo não se vai aguentar, a não ser porque a alternativa é mais do mesmo. É esta falta de saída, esta falta de alternativa ou de políticas alternativas que torna o ambiente social e político insuportável. E, como o PSD já sabe que nem a maioria absoluta é suficiente, já se fala no bloco central como forma de resolver a “coisa”. Mas a “coisa” está feia, não parece ter conserto e a crise não aparece com fim à vista. O Sócrates é fraquito, lá isso é verdade, mas não parece que haja alguém que queira pegar nisto. Os professores, os camionistas, os pescadores, os agricultores e muitos mais gostariam de se manifestar. Parece que cada um por si, mas a “coisa” pode ser incontrolável.
(cito de cor).Os PCP
(e perdoem-me os meus amigos do PCP)sempre foram assim. No Maio de 68, em Paris, só faltou saltarem para o colo de De Gaule
(se é que não saltaram),perante a anarquia dos estudantes, “pequeno-burgueses” que não se submetiam à direcção da classe operária. O PSD exigiu que o governo “haja” com firmeza...
E ninguém vem dizer o óbvio: o descontentamento é grande, este governo não se vai aguentar, a não ser porque a alternativa é mais do mesmo. É esta falta de saída, esta falta de alternativa ou de políticas alternativas que torna o ambiente social e político insuportável. E, como o PSD já sabe que nem a maioria absoluta é suficiente, já se fala no bloco central como forma de resolver a “coisa”. Mas a “coisa” está feia, não parece ter conserto e a crise não aparece com fim à vista. O Sócrates é fraquito, lá isso é verdade, mas não parece que haja alguém que queira pegar nisto. Os professores, os camionistas, os pescadores, os agricultores e muitos mais gostariam de se manifestar. Parece que cada um por si, mas a “coisa” pode ser incontrolável.
escrito por Carlos M. E. Lopes
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