Para não esquecer...

AVALIAÇÃO: SÓCRATES E JARDIM

João Jardim decidiu não aplicar na Madeira o modelo de avaliação socrático-lurdino e avaliar professores com "Bom" por portaria. E logo o presidente do conselho de ministros do continente, espertalhão, aproveitou a notícia para perguntar se é esta a avaliação que os contestatários querem
[até o engraçadinho do secretário Pedreira mandou a sua gracinha:"Hoje, de facto, fez-se luz de que há outro sistema de avaliação de desempenho, o do drº Alberto João Jardim"].
Pois fiquem então a saber os dois que não. Não é isso que nós os contestatários queremos
[nem, contrariamente ao que dizem, foi isso que tivemos nos últimos anos].
Mas fiquem também a saber que, se as alternativas se esgotassem nos dois sistemas
[felizmente não esgotam],
o sistema do Jardim era bem melhor para o ensino do que o vosso: tinha pelo menos a grande vantagem, sobre o vosso, de não estoirar os professores e deixar-lhes energias para aquilo em que verdadeiramente as devem gastar: no ensino dos alunos.

escrito por ai.valhamedeus

6 comentário(s). Ler/reagir:

Anónimo disse...

Caro(a) Colega,
Aqui ficam alguns exemplos de escolas e agrupamentos da região centro que suspenderam todo o processo relativo à avaliação do desempenho. Não estamos a falar de escolas e agrupamentos onde foram subscritos documentos a exigir a suspensão – essas são às centenas. As que aqui ficam suspenderam e ponto final.
A lista vai crescer nos próximos dias em reuniões gerais de professores, de conselhos pedagógicos e de departamentos. Reuniões que estão marcadas e onde serão discutidos os documentos que foram subscritos pelos professores e educadores.
No distrito de Viseu, aguardam-se decisões de muitas escolas nos próximos dias.

Um Abraço.
O ED Viseu do SPRC . FENPROF

Agrupamento de Escolas de Sátão
Agrupamento de Escolas de Aguada de Cima - Águeda
Agrupamento de Escolas Pedro Álvares Cabral – Belmonte
Agrupamento de Escolas do Paúl e Entre Ribeiras - Covilhã
Escola Secundária Amato Lusitano – Castelo Branco
Escola Secundária Domingues Sequeira – Leiria
Escola Secundária Rodrigues Lobo – Leiria
Escola Secundária Infanta Dona Maria - Coimbra
Agrupamento de Escolas de Vila Nova de Poiares
Escola Secundária Campos Melo – Covilhã
Agrupamento de Escolas de João Franco – Fundão

Anónimo disse...

Já agora ….

Caro(a) Colega,
Suspender o processo de avaliação em curso é a vontade dos professores expressa de várias formas e em diversos momentos, nomeadamente na enorme Manifestação de 8 de Novembro.
Já muitos passos foram dados nesse sentido: i) os professores subscreveram documentos que entregaram aos conselhos pedagógicos e conselhos executivos; ii) as escolas dirigiram ao ME posições a exigir a suspensão; iii) as organizações sindicais apresentaram essa exigência ao ME e suspenderam a sua participação na Comissão Paritária; iv) os 120.000 professores (80% da classe) que participaram na Manifestação de 8 de Novembro gritaram bem alto essa reclamação.
Mas, agora, é preciso concretizar essa suspensão. É preciso suspender de facto este processo de avaliação do desempenho. E isto, caso o ME não o venha a fazer, só os professores podem concretizar em cada escola.
Não se esperem soluções jurídico formais para a suspensão da avaliação do desempenho.
Do nosso ponto de vista, os professores devem tomar uma de três posições:
- O conselho pedagógico decide pela suspensão de todo o processo e, a partir daí, não são concretizados quaisquer procedimentos relativos à avaliação do desempenho;
- Os departamentos curriculares reúnem todos (juntos ou em separado) e decidem não desenvolver qualquer actividade de concretização do processo;
- Em reunião geral – por exemplo, convocando todos os departamentos para a mesma hora e local – os professores decidem parar todas as actividades relacionadas com o processo de avaliação.

Este processo exige apenas que os professores afirmem a sua vontade e ajam em conformidade com as posições que expressam nas reuniões. Ou seja, depois de decidido cumpre-se. A coragem e a determinação que esteve presente nas acções já desenvolvidas é agora necessária escola a escola e cada professor é chamado a assumir a sua responsabilidade.

É este caminho de ruptura com as decisões do ME que é preciso percorrer. Não há soluções milagrosas que os juristas possam produzir.
Agora, trata-se de, em cada escola/agrupamento, os professores assumirem a suspensão de processo de avaliação.
Algumas vezes os colegas questionam: “e que consequências pode ter uma decisão dessas ?” Pode responder-se com outra pergunta: “alguém acredita que o ME pode penalizar os professores, se um significativo número de escolas decidir suspender a avaliação do desempenho ?”

Finalmente, importa afirmar que o Sindicato dos Professores da Região Centro. FENPROF assume o apoio a todas as escolas e professores que avancem com a suspensão do processo de avaliação.

Anónimo disse...

O calhau pedreira ou se preferirem o pedreira calhau, como habitualmente, faz de compère.

É o sorriso apalhaçado
É o aparte aparvalhado
É a conclusão imbecilizada

Também a dona Lurdes não merecia melhor

Um Calhau + uma Lesma para a trempe ficar completa.

Unknown disse...

Sou sindicalizado no SPRC e apesar de algumas críticas ao acordo de Março não tenho uma posição muito anti-sindical neste momento, mas lamento que as posições do Francisco Almeida, um dirigente do SPRC, não sejam aprsentadas de forma clara a todos os professores, pela Fenprof e pela Plataforma. Acho que as medidas a tomar só podem ser as que ele indicou, embora se pudessem acrecentar a recusa dos avaliadores e do Conselhos Executivos, mas deveriam ser tomadas não num comentário de um blogue mas na página do sindicato.

Anónimo disse...

Estou de acordo com icewarm. Acontece, meu caro amigo, que o meu comentário corresponde a uma posição que o SPRC está a divulgar nas escolas (em papel e por mail) e na sua página www.sprc.pt. Pode apenas ter acontecido um pequeno desencontro temporal. Mas mesmo assim curto desencontro. Nada de grave no teu comentário, nem no pequeno desencontro temporal.O que importa é que as escolas e os professores avancem...

Unknown disse...

Caro Francisco Almeida
Congratulo-me por a posição já ser oficial.
Esperemos que não seja preciso passar a formas de luta mais duras. Eu, pessoalmente, estou disposto, com todas as dificuldades que me acarreta, a perder o vencimento de 1 mês em greve. Perante este estatuto mosntruoso( porque é aí que nasce o problema)e esta excrescência da avaliação que ele pariu, não hesitarei.É preciso acabar com esta humilhação da classe docente e a destruição da escola pública.