A ministra da Educação insiste em dizer que neste momento em todas as escolas a avaliação está a andar normalmente.
Bom... se ela dissesse que era a maioria, o pessoal podia duvidar
[não é fácil fazer cálculos, como hoje demonstrou a ministra da Saúde, interrogada pelos jornalistas].
Agora todas?! todas, dona, todas?! Esta senhora ou é parva ou mente. Mas como não tem jeitos de ser parva, só pode mentir.
E porque mente a ministra? Só encontro uma explicação: sabendo da realidade
[porque ela sabe da realidade. Sabe-a dos documentos que lhe são enviados; sabe-a das reuniões com órgãos de gestão; sabe-a das notícias da imprensa que não são desmentidas pelas Escolas nelas nomeadas...],
restam-lhe duas hipóteses: ou ameaça os professores que "não respeitam a legalidade" -- ou mente, na tentativa de arrebanhar as muitas Escolas/professores que não alinham nesta embrulhada. A primeira hipótese é "complicada"
[são muitos milhares os rebeldes];resta a segunda...
escrito por ai.valhamedeus
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A ministra mente?
Mas haverá - neste governo - alguém que não demonstre aturadas evidências de tal competência?
O problema tem outro lastro: dada a proximidade entre estes políticos e alguns jornalistas, a mentira começa a ter carta de alforria em muitas redacções, desde os jornais às TVs. Um dos últimos é director do JN e, lado a lado com MLR, não sei qual levaria o prémio de maior mentiroso. Estou em crer que ambos os dois.
Sei que um comentário, por princípio, não deve ser longo mas, apetece-me escrever umas palavrinhas para o querido director do JN. Se o "dono" do blog, valha-me Deus, o responsável pelo dito, pode plantá-lo como post, ou não:
Sobre o editorial de JLP Professores e Militares, (JN, 10 de Nov. de 2008)
José Leite Pereira é Director do Jornal de Noticias.
Nessa qualidade assina alguns dos seus editoriais. Para que conste – e provavelmente JLP assume isso com orgulho –, os editoriais são textos de um jornal em que o conteúdo expressa a opinião da empresa, da direcção ou da equipa de redacção, sem que isso exija qualquer reverência pela objectividade ou, sequer, respeite os mais elementares princípios da imparcialidade. JLP tem feito correr muita tinta em diversas dessas peças cujo alvo de eleição são os professores. Desta vez deve ter congeminado que o universo de mais de 120.000, diariamente humilhados e ofendidos, também por JLP, ficariam bem na companhia dos militares, a quem engloba na distribuição de mimos com floretes. Dito de outro modo, se com uma cajadada pode acertar em dois coelhos, para quê desperdiçar editoriais? O texto de JPL, desacertando em definitivo com a imparcialidade e seguindo os ínvios caminhos da subjectividade, podia ser um texto respeitável, até como peça de ficção de um qualquer país fora da rota de Magalhães mas, para isso, era necessário resistir ao desejo [ou à encomenda] de confundir a realidade e de se desviar da saga inventada por Gepeto para o seu Pinóquio.
JLP faz três afirmações que configuram três refinados erros, indesculpáveis em qualquer estagiário. Dizer que há escolas em que o processo de avaliação está a correr bem. São a maioria. Ou, que, no ano passado, 16 mil avaliações feitas revelaram 7% de professores cujo desempenho não era correcto. São três declarações que não têm qualquer conflito com a objectividade ou com a imparcialidade; estão em manifesta rota de colisão com a verdade que JLP, à distância de poucos cliques, poderia rapidamente evitar. Se a normalidade – que apenas poucas e iluminadas almas descobrem – está presente na maioria das escolas, o que foram 120.000 militantes do farnel fazer a Lisboa? Se apenas 7% dos 16.000 avaliados (!?) no ano passado não têm um desempenho correcto – afirmação completamente inventada por JLP -, o que foram fazer os restantes à Capital? Provavelmente também foram avaliar, na Avenida da Liberdade, a relação difícil que certos jornalistas mantêm com a verdade dos factos. Por caridade, sem preocupações exaustivas, também lhe reservamos um incorrecto desempenho. Pode ser que a militância com que nos atinge a dignidade tenha tudo a ver com o farnel das Novas Oportunidades que quase todos os dias pousa, como publicidade, numa página do Jornal de Notícias. Será esse o preço? Quem sabe!
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