Para não esquecer...

AVALIAÇÃO, O ABRUNHO DA DISCÓRDIA

A partir da realidade que vive o ensino, a senhora Ministra da Educação teve uma ideia brilhante: avaliar os professores para fazer-lhes justiça a eles e aos estudantes.

Toda a gente sabe
[até os que não têm nenhuma relação com o ensino]
que os professores não são todos iguais. Há professores muito bons, bons, medíocres e lixo.

Há professores que ganham o salário com o suor do seu rosto. E há os que o ganham com o suor do rosto dos seus assistentes.

Há professores que deviam ser avaliados para saber se estão devidamente preparados para o trabalho em que investem a maior parte do seu tempo: conduzir. Porque sofrem o desgaste de graves engarrafamentos no seu afã de deambular automobilisticamente de um estabelecimento de ensino público para um de ensino privado; de uma universidade para um canal de televisão; de uma faculdade para a Administração de uma empresa.

É importante que o ME saiba quantas multas têm estes professores por excesso de velocidade e se alguma por excesso de alcoolidade; saber se o desgaste tem cura ou é incapacitante permanente.

Posto isto, o ME estará em condições para premiar os bons e levar os maus para um campo de reeducação.

Cá na minha não entendo por que razão os professores andam metidos em manifestações e greves por causa de uma ideia cuja brilhantez ainda ninguém conseguiu negar seriamente. A senhora Ministra é professora. Será, certamente, a primeira a submeter-se à sua grelha de avaliação.

Claro, depois disto a sua inegável experiência levá-la-á a estender a avaliação aos professores de todos os ramos do ensino, porque o que é igual para todos, não é vantagem para uns quantos.

escrito por José Alberto, Porto Rico

7 comentário(s). Ler/reagir:

Anónimo disse...

Bem me dizia o meu mestre:
- Não suba o sapateiro além da chinela!

Vai un gajo destes para San Juan arrotar postas de pescada.

Parte de uma verdade para no meio meter meia dúzia de idiotices e armar em sabedor do tema.

A ministra a ser avaliada!?!?!?
Nem dá para rir

Foi pena o sapateiro subir acima da chinela

Anónimo disse...

Os meus parabéns pela sua especializaçao em chinelas.
Definitivamente não somos oficiais do mesmo ofício porque de sapateiro não sei nada, mas fiz um moderníssimo e actualizadíssimo curso «on line» de ferrador. Pelo que aprendi nos prolegómenos (um brilhante PowerPoint) só lhe posso garantir um bom trabalho se V.Exa. estiver muito quietinho/a.

J Alberto
(encima de um bom par de chinelas «made in china» e a gozar à brava porque a Ministra está a ser divinamente favaliada pelos professores).

Anónimo disse...

Humm! por acaso não quereria dizer "em cima de"?
Encima é o presente do indicativo na 3ª pessoa do singular do verbo encimar!
Exemplo: A coroa que encima a imagem de Nossa Senhora... já que hoje é dia da padroeira de Portugal, a quem o D. João IV ofereceu a coroa por ocasião da reconquista da Independência de Portugal. NO LONGÍNQUO ANO DE 1640.
Prof. anónima

Anónimo disse...

Correctíssimo, sra. professora. Se a coroa encima a imagem de Nossa Senhora, uma pessoa pode encimar umas chinelas, mas nesse caso andaria por ali uma preposição à deriva.
Prof. anónimo

Anónimo disse...

Ai jesus, que facada na gramática! Dou a mão à palmatória da avaliação dos professores anónimos.
Além da ignorância, confesso também a preguiça para instalar e usar correctores ortográficos.
Se aparecer na minha grelha de avaliação a culpa, não se esqueçam de assinalar também o meu arrependimento.

J Alberto
(Com todo o respeito e admiração pelos professores, conhecidos e anónimos).

Anónimo disse...

Falta-lhe, porém, a etapa, fase, passo(como queira)último/a e,, talvez, o mais importante: o propósito de correcção. De arrependimentos está o Inferno cheio, e o céu de bons propósitos concretizados. É o que falta aos alunos, as mais das vezes. Se eles o fizessem(alguns fazem, muitos até,valha a verdade) o papel do professor estava já meio garantido. Sem avaliação burocrática/grelhada.
Desculpe ter metido a colherada, mas aproveitei o ensejo para lembrar a outra componente do binómio: ensino-aprendizagem.
Gabriela
P.S.
Não me leve a mal, que eu sou muito "sensitive".

Anónimo disse...

Olhe que não, professora, não altera o binómio nem há nenhuma diferença entre um aluno com propósito de correcção sem arrependimento e um com arrependimento sem propósito de correcção.
Metida a foice na religião, aceite que o «propósito de emenda» é condição sine qua non para a validez do arrependimento. Daí se infere que, nada dito em contrário, aceitei o indispensável propósito.

Nada que levar a mal. Me encantaria poder participar num bom debate sobre este tema.

J Alberto
(não sujeito a grelhaduras favaliativas)