Para não esquecer...

MAGANÕES...

Até hoje - que se saiba - só a CGD beneficiou de injecção de fundos públicos para "reforço de liquidez". Sendo a CGD detida a 100% pelo Estado, mal seria se o Estado
(este ou outro)
carecesse de legitimidade para lhe dar instruções sobre a forma como deve orientar a sua actividade.

Inaceitável é que o Estado lhe faça injunções ineptas, pois a CGD já entrou com quase tudo o que o Estado para lá mandou para tapar a boca do BPN e maquilhar a Quimonda, e fontes internas - perfeitamente informadas - coincidem na asserção de que não houve qualquer aumento de pedidos de crédito por parte das pequenas e médias empresas.

A CGD tem excesso de liquidez, pois foi o porto seguro para onde os assustados pela crise mandaram muita da nota que tinham na banca dita "privada". Mas a banca em geral também tem excesso de liquidez, pois uma boa parte dos clientes que andavam a acender charutos com papelame adquirido com fundos próprios desfizeram-se do dito a qualquer preço, jurando não voltarem tão cedo às compras nas bolsas de valores e deixando os despojos a repousar em contas a prazo.

Qual será pois a verdadeira causa deste nervosismo governamental, que se manifesta pela tentativa de empurrar a banca a fazer empréstimos?

Cá na minha, a cena é outra que não a já estafada das "pme"…

Uma parte muito importante do crédito bancário era - e escrevo "era" porque foi chão que deu uvas - destinado à aquisição de papelame e concedido sobretudo aos "amiguetes".

Toda a gente engordava: os bancos cobravam juros pelo crédito, comissões pela intermediação na compra do papel que ficava a caucionar o grosso das dívidas (
juntamente com pequenas somas liquidas designadas por "margins - margens de manutenção")
e ainda pela "guarda e conservação" do dito
(trafulhice - o que guardam são megabites, pois há muito que não há papel, desmaterialização oblige…),
e, por fim, pela venda sempre do mesmo, quando os "investidores" entendessem que as "mais valias" já eram o que pertencia.

É claro que o sistema cavalgava montado numa presunção que os idiotas consideravam inelidível: que as bolsas nunca parariam de subir, fosse graças ao "crescimento", ou à "globalização", ou a todas as demais cretinices dogmáticas que a gringalhada inventou no século passado.

Quando o esquema parte a cara, estão mesmo a ver o que se passou com os tais "investidores": mandaram
(de má maneira…)
os bancos pagarem-se ficando com o papelame que tinham cativo e com as tais "margens de manutenção", criando assim a actual situação de estagnação bolsista que tanto angustia os pais da pátria.

Pois como acima dizia, cá na minha, a histeria tem a ver com o facto de a banca, em salutar confirmação do adágio que imputa aos escaldados o medo da água fria, ter entrado numa de retranca. Confirma a minha desconfiança a irritação recente do grande argentário de frankfurt, que se queixava fazerem os bancos bicha à porta do BCE para depositarem liquidez a juro miserável…

Cosas veredes, sanchos!!!

ps(d): em relação à Quimonda, vale a pena ver a evolução da sua cotação e volume de transacções na bolsa de nova iorque - sobretudo a partir do anúncio da injecção de quase 400 milhões de dólares na dita… Cosas veredes, sanchos!!!

escrito por Ya Allah

2 comentário(s). Ler/reagir:

Anónimo disse...

Oi
Este Ya Allah (kumbba?, pergunto eu) sabe do que fala.
Este casamento do Allah com o valhamedeus promete.

Esqueceu-se de dizer que depois do Alves dos Reis e da Dona Branca o povoléu já sentia saudades destes novos/velhos gatunos.
Agiotas
Aldrabões

E não se esqueçam que embora no séc. XXI enganar o Zé Povinho continua a ser fácil.

Qualquer dia estão todos a jogar na Bolsa e voltam a ser comidos.
É bem feito

E com governos so cretinos quem tem medo de perder?

Anónimo disse...

Acho de muito mau gosto o seu insulto disfarçado ao Sr. Eng. Alves dos Reis e à Sra. D. Branca de Jesus.

É que ambos empreenderam sem benção estatal, ou seja na mais pura ortodoxia liberal - e não como estas putas avençadas, s avençadas, que até podem vender faqueiros mas que não deixam vender dinheiro aoss cutileiros.

Além disso, ambos morreram de pé, ou seja sem custas para o erário, sem beneficiarem de esquemas nem de planos.

Haja respeitinho ao referir tão dignos operadores financeiros!!!