Ninguém é bom juiz em causa própria. Quer isto dizer
[só para exemplificar]
que, se um qualquer ministro gaba o governo de que é ministro, a atitude mais aconselhável é franzir o sobrolho e ouvi-lo com algumas reservas.
Talvez por ser ovelha velha nas andanças propagandísticas, o ministro pê-èsse dos Assuntos Parlamentares, Santos Silva (SS), veio hoje manifestar a sua indignação e intolerabilidade em relação à "campanha negra" contra o chefe do seu governo, defendendo a probidade do presidente do conselho de ministros
[reiteradamente o sublinhou]"na qualidade de cidadão", "a título pessoal". O argumento do cidadão pessoal SS é muito simples e claro: Sócrates de Sousa (SdS) é probo porque SS
[gabou-se o próprio SS]é um democrata e como democrata SS não tolera que se ataque SdS. Primeiro pormenor de uma beleza democrática inultrapassável...
Segundo pormenor da encenação que, mais do que o anterior, estraga completamente o cenário: o cidadão SS provou a probidade de SdS no gabinete do ministro SS na Assembleia da República, para onde SS
[não sei se SS-cidadão, se SS-ministro]convocou os jornalistas. Segundo pormenor de uma promiscuidade democrática inultrapassável...
Se isto é democrático, puta que pariu tal democracia em vez de a ter abortado!
escrito por ai.valhamedeus
3 comentário(s). Ler/reagir:
Muito engraçado... ao ouvi-lo pensei isso mesmo...
Bom fim de semana
O "Sol", amanhã, vai iluminar ainda mais esta "democracia" de conveniência entre SS e SdS.
A [im]probidade socratina encontra-se num verdadeiro plano inclinado. Está tudo num relatório sobre a queda dos graves [pm assessores e incondicionais], premonitoriamente, demonstrado por Galileu [há vários séculos] e que a OCDE [de Lisboa] irá publicar um dia destes, ao domingo, por fax, com o aval da Independente, que o Marciano mandará ressuscitará para o efeito.
Entretanto o outro S [que bem ilustra Cavaco], não vê qualquer relevância no Freeportgate, e não comenta dado que se encontra a estudar a teoria da relatividade restrita [com um assessor de Einstein] e, depois de já a ter experimentado no estatuto de autonomia dos Açores [letra "A"], passou hoje pela letra "D" [divórcio simplex, causa do empobrecimento de muitos!] e só deus sabe [se souber] quando chegará ao "F" [em que quase todos nós encontramos]. Se a teoria dos 4 cantos dos "Lusíadas", numa fabulosa antecipação da aplicação do simplex à literatura, ainda resistir, é bem provável que o dicionário de Aníbal (esse mesmo, o cartaginês) não tenha, devido à restrição da relatividade, a letra "S"
Quem está bem é a Cândida (Branca Flor). Não se cansa de aparecer. Se a justiça é cega, muda não é com certeza; fala pelos cotovelos se bem que, dada a proximidade dos sovacos, não é grande sítio para proferir tanta judicação processual. Cante D. Cândida, cante. Não investigue nada, vai ver que ainda lhe acontece o mesmo que lhe sucedeu com a licenciatura do Sr. Engenheiro: aplicados os ácidos e os sais, sem mácula, o laboratório lá de casa sentenciou: diploma de altíssima qualidade. Está a ver?
Em virtude da "Campanha Negra" e dos "Poderes Ocultos", fui a Trancoso consultar o sapateiro [não, não é o espanhol] Bandarra que, para meu grande susto, em pelo menos uma quadra,
me deu conta de umas sobras do enigma:
Virá um ministerial
Com nome de sábio antigo
Aplicar taxas por castigo
Em honra de Portugal.
Sobre campanhas e obscuridades, mesmo no Pe António Vieira, não achei mais do que sermões a que só os peixes prestam atenção. Relações entre O 5º Império e Alcochete são espúrias e as "línguas do Espírito Santo", que não pude perscrutar, não apontam, à primeira vista, para o suspeito do costume. Sei que a Câncio, hoje no DN, andou de conversinha com o Zola, sim, o Emílio e encontrou umas preocupantes semelhanças entre o "oculto" e o célebre "Caso Dreyfus". Enfim, nada melhor do que metermos a França no meio desta velhíssima aliança, que só tem trazido vantagem aos "beefs".
Estou convencido: a personagem mais parecido com o Dreyfus de Zola, é o nosso engenheiro. Deus é grande e Alá não será pequeno!
Um gajo que é capaz de arranjar um canudo ao Domingo, é capaz de tudo.
Por isso o homem quis concentrar e concentrou nas suas mãos todas as polícias.
Não fossem os ingleses e tudo seria abafado.
Foi para isso que D. João I fez a Aliança Luso-Britânica.
Normalmente defende os interesses dos ingleses, às vezes desperta o brio dos lusos.
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