Conselhos executivos de 139 escolas querem parar avaliação de professores
”Exequibilidade”
Demissão em bloco esteve em cima da mesa
escrito por ai.valhamedeus
EXECUTIVOS QUEREM PARAR A AVALIAÇÃO
Os presidentes dos conselhos executivos de 139 escolas do Norte e do Centro do país vão entregar um manifesto ao Ministério da Educação a pedir a suspensão do actual modelo de avaliação de professores. A decisão foi tomada num encontro em que chegou a ser equacionada a demissão em bloco de todos os responsáveis.
Os 139 responsáveis pelos órgãos de gestão de estabelecimentos de ensino do Norte e do Centro estiveram ontem reunidos em Santarém para se debruçarem sobre o modelo de avaliação dos professores.
O encontro serviu para “reforçar a posição do Conselho de Escolas”, afirmou a presidente do conselho executivo do Agrupamento de Escolas Alexandre Herculano, citada pela Agência Lusa. Em suma, os responsáveis pedem “a suspensão do modelo de avaliação”.
Maria João Igreja sintetizou a posição dos presidentes dos conselhos executivos: “Não é possível levar [o modelo] por diante, mesmo simplificado, porque recaiu nos conselhos executivos todo o trabalho e responsabilidade de o aplicar e porque foi retirada a componente científico-pedagógica, que retira a essência da sua função”.
Por seu turno, o presidente do conselho executivo da Escola Secundária da Mealhada, Fernando Trindade, questionou a “exequibilidade” do modelo de avaliação, aludindo às obrigações impostas aos órgãos de gestão.
O responsável citou a título de exemplo o prazo de 15 dias para que os conselhos executivos se pronunciem a respeito dos objectivos pessoais dos docentes.
“Numa escola com 180 ou 200 professores, é praticamente impossível analisar e negociar todos, mesmo delegando competências, o que levará a que muitos possam ser aceites tacitamente, o que é perder rigor”, sustentou.
Os responsáveis presentes na reunião de Santarém chegaram a “ponderar” uma demissão em bloco. Contudo, optaram por adiar essa decisão “para outra altura”, preferindo aguardar pela resposta da equipa da ministra Maria de Lurdes Rodrigues a um manifesto a concluir nas próximas semanas.
O conteúdo do documento terá ainda de ser definido e depois ratificado pelos 139 presidentes dos conselhos executivos.
Embora mantenham as críticas ao modelo da avaliação de docentes, os responsáveis pelos órgãos de gestão escolar vão prosseguir com o processo. Maria João Igreja sublinha que os presidentes dos conselhos executivos têm a “obrigação de cumprir e fazer cumprir a lei”.
“Nenhuma voz se pronunciou contra a avaliação. Todos a consideram essencial, pela credibilidade do ensino, mas não este modelo”, frisou a presidente do Agrupamento Alexandre Herculano.
[fonte: Notícias da RTP]
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1 comentário(s). Ler/reagir:
Querem? Quererão mesmo? Ou têm medo de perder o tacho e voltar a dar aulas? Anda tudo acagaçado; as ameaças são de monta, ao que parece...
Por isso, tiro o meu chapéu aos elementos do Conselho Executivo da escola de Coimbra que se demitiram em bloco quando começou esta cega-rega. Lembram-se? pois é, já foi há bués!
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