Não é novidade para ninguém, mas arquivo a notícia aqui
[como contributo para a História deste período da História de Portugal, onde o caminho para uma ditadura não está todo por percorrer. A polícia dos bons costumes, essa, tudo indica que já não falta. Talvez Sua Santidade o Policarpo pudesse sugerir a substituição das mulheres nuas por Nossa Senhora de Fátima; ficava ele satisfeito e o seu benjamim presidente do conselho de ministros, também]:
O presidente da Câmara Municipal de Torres Vedras, Carlos Miguel, foi surpreendido ao início da tarde com um fax do Ministério Público no qual era dado um prazo à autarquia para retirar o conteúdo sobre o computador Magalhães, que fazia parte do "Monumento", e onde apareciam mulheres nuas no ecrã do portátil. “Achamos que pela primeira vez após o 25 de Abril temos um acto de censura aos conteúdos do Carnaval de Torres”, lamentou o responsável, em declarações à Antena 1.escrito por ai.valhamedeus
“Fomos surpreendidos agora cerca da uma hora com um fax do Ministério Público assinado pela senhora delegada do 1º juízo, a qual nos dá um prazo até às 15h30 para retirar o conteúdo do computador Magalhães”, explicou o autarca, citado pela mesma fonte. Carlos Miguel acrescentou que “o que existe é uma sátira ao computador Magalhães com um autocolante que se pressupõe que seja o ecrã” do portátil e onde é visível uma pesquisa no Google com a palavra-chave "mulheres". Por isso, não entende o pedido para o retirarem do Carnaval e entregaram mais tarde ao tribunal judicial o autocolante.
O Carnaval de Torres Vedras, um dos mais antigos e que atrai mais visitantes e turistas em Portugal, é célebre pela sátira social e política que representa nos carros alegóricos. O corso nocturno, concurso de mascarados e muita música são algumas das ofertas originais desta festa que continua a ser o cartão-de-visita do concelho.
O “Monumento” é uma construção temática que todos os anos satiriza um aspecto da actualidade, como explica o site dedicado ao Carnaval de Torres. Em 2004 a temática escolhida foi “a excursão saloia ao Euro”, utilizando um longo veículo de transporte de passageiros em que os diversos países participantes no Campeonato Europeu de Futebol eram representados estereótipos nacionais. Em 2005 o tema foi “o futebol nacional”, retratando os símbolos dos três maiores clubes portugueses e os seus escândalos, com particular relevo para o “caso Apito Dourado”.
Em 2006 incidiu sobre as relações internacionais e ficou conhecido como “o fim da macacada” - numa alegoria satírica à preponderância mundial das opções de política externa americana do antigo Presidente George W. Bush. O ano de 2007 foi dedicado às preocupações estéticas. Em 2008 foram representados “super heróis” da banda desenhada.
O “Monumento” de 2009 aborda o tema “profissões” através da nuvem dos altos sonhos de um rapaz de tenra idade. Ele transporta-nos ao seu mundo, um quarto desarrumado, povoado por diversos brinquedos figurativos das reais profissões.
O Magalhães, que faz parte da iniciativa e-escolinha, é um computador portátil que está a ser disponibilizado, ainda que com atrasos significativos, aos alunos do primeiro ao sexto ano por um custo que varia entre os zero e os 50 euros. O acesso à Internet é uma possibilidade para os compradores deste produto.
3 comentário(s). Ler/reagir:
Acho muito bem.
O Magalhães é a mascote de Sócrates.
Tão falso quanto o génio que lhe faz a propaganda.
Dos "falsos" 500 mil prometidos ainda não foram entregues 50 mil. O próprio Chavez já fez insinuações da aldrabice e diz que em vez de pitrólio vai mandar restos de azeite frito.
Por isso não era justo que os torrenses viessem conspurcar tão meritório símbolo socretino.
E o melhor é não refilar muito porque o rapaz já ameçou alterar as leis eleitorais. Segundo consta há um projecto-lei para os socretinos continuarem no poder contando a favor deles as abstenções.
Cuidem-se rapazes da reacção que eles preparam-se para malhar à esquerda e à direita
censurado, descensurado, sensurado, descensurado, muito, pouco, nada...
Enfim!
De acordo, ilustre anónimo.
Não seria a primeira vez que tal acontecia!!!
As abstenções contarem a favor dos donos da obra.
A política nacional cada vez cheira mais mal.
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