A solução dum problema só pode ser solução se ultrapassar o problema, nunca se o mantiver. Óbvio, dirá qualquer leitor -- mas o Vati cano não acha. Exempli fiquemos.
Eluana Englaro está em coma, ininterruptamente desde 18 de janeiro de 1992, após um acidente de carro. Satisfazendo um pedido que o pai faz desde 1999, a Corte de Apelações de Milão autorizou a interrupção da hidratação e da alimentação artificiais que têm mantido a vida de Eluana. Mas o Vati cano condena a decisão, porque, diz, essa não é solução.
Mais uma vez, os clérigos vati caninos estão errados: por mais excomunhões que eles enviem, essa é uma solução. Porque resolve o problema. Os vati caninos poderão é não concordar com essa solução
[e têm, reconheçamos, o direito de não concordar].Mas eu pergunto-lhes
[e suponho que também tenho o direito de perguntar]:então, qual é a solução? Deixar as coisas como estão? mas manter o problema, repito, não é solução, porque não é resolvê-lo.
Para o caso de algum vati canino ler estas linhas e querer aproveitar a ideia, deixo aqui a resposta à minha pergunta: a solução está em Deus
[e, portanto, resta-lhes orar para que Deus solucione a coisa].Faço notar que o Vaticano até pode dar a Deus liberdade de escolha, porque há duas vias de solução:
- ou Deus mata Eluana
[e aí já não será homicídio, porque, quando a morte é assistida por Deus, já não há homicídio];
- ou Deus cura Eluana
[e esta solução traz mais vantagens que a anterior: nunca se sabe quando um qualquer incréu, como eu, por via desta via se converte aos santos ensinamentos do Vati cano, logo, de Deus].
escrito por ai.valhamedeus
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