Para não esquecer...

hoje é sábado 27. PEDIDO

Deita-te aqui despido
à minha beira

Vem devagar dizer como me amas
põe-me os teus dedos
debaixo dos cabelos
e inventa tudo aquilo que me chamas

Deita-te aqui, o corpo sobre o meu
a boca, a língua, apenas desvairadas

Deixa o meu beijo juntar-se
com o teu
e o meu ventre unir-se
à tua ilharga

Deita-te aqui despido
nos lençóis
onde conheço já o gozo vindo
E tudo faço quando
te vens
cobrindo com o teu corpo o meu gemido
[Maria Teresa Horta]

escrito por Carlos M. E. Lopes

1 comentário(s). Ler/reagir:

Anónimo disse...

Lindo e intenso. Ou não ter sido escrito por uma mulher! Que afirmou hoje aos microfones da Antena 2 ter o pai dito, ao chamá-la ao seu gabinete: "Constou-me que vais publicar um livro. Vê lá o que vais dizer e como usas o meu nome". Ela comentou com graça e muito a sério: eu pensava que o nome era meu, afinal foi-me emprestado pelo meu pai. O mesmo não disse aos "seus queridos filhos"(sic)
Posso dizer que o meu pagou a carta de condução aos filhos machos. As filhas ficaram de fora, dizendo ele que os maridos lhas pagariam... Estaria tramada se tivesse esperado que o meu ma pagasse. Andaria a pé.
E ainda houve quem achasse que exagerei quanto ao significado de ser o pai a levar a filha ao altar. As pessoas é que se esqueceram,ou nunca souberam, pois agora apenas se trata de um ritual.
Mas porquê o pai e não a mãe? Que nos carregou nove meses na barriga e sofreu as dores do parto.
Gabriela