[Não use medicamentos genéricos ou voltaremos a lançar outro vírus]
Grande destaque da edição 1667 do jornal humorístico El Jueves[esse mesmo! o tal que teve uma edição retirada porque representava na capa o herdeiro do trono de Espanha e a respectiva mulher em propósitos pouco adequados aos preceitos da decência. Recorde a capa aqui]:
a actual ameaça mundial de gripe suína, pois claro. E começa por resumir as teorias que, sobre o vírus da Conspiranóia, circulavam pela Internet poucas horas depois de anunciado: experimentação que correu mal? conspiração das farmacêuticas para vender antivirais? cortina de fumo para se não falar na crise? ataque biológico da Al Qaeda? castigo da Natureza, pelo mal que lhe fazemos? castigo da Deus?...
[-- Alguns são maricas! Outros abortam ou não vão à missa! Vou mandar o meu mais terrível agente! Faz-lhes sentir a ira de Deus, gripe suína!CONFIRMADO! DEUS ESTÁ GAGÁ!]
[a revista -- que, além do mais, contém vários conselhos para vencer a gripe como este: "usa preservativo nas tuas relações com gado suíno" -- está toda aqui]
escrito por ai.valhamedeus
TEXTOS ANTIGOS
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6 comentário(s). Ler/reagir:
"Nos Estados democráticos não se ataca a polícia", diz Sócrates
Eu acrescento
"Nos estados democráticos não se atacam os direitos do povo"
e ainda
Nos blogs decentes e responsáveis não se ataca Deus
Subscrevo as duas primeiras afirmações e reformulo a última por :o respeito pelas opções religiosas de cada um é um dos maiores indícios de maturidade cultural e civilizacional ...
Eu não subscrevo nada. Limito-me a dizer
1. que não é só entre os muçulmanos, como muita gente diz, que há estreiteza de vistas. Estreiteza de vistas há sempre que se não vê para além do imediato, seja o imediato da distância física (para isso os oftalmologistas receitam óculos), seja o imediato do humor (para isso Deus receita abertura de espírito);
2. que a parvoíce que associa Deus à gripe não é dos descrentes, é de crentes. E, se estes crentes têm o direito à parvoíce, as suas parvoíces merecem o respeito que merecem todas as parvoíces;
3. o mesmo direito que cada qual tem às suas opções religiosas -- esse mesmo direito tem cada qual à crítica a essas opções.
Olha lá, óh "Ai meu Deus", que erva ruim andas a cheirar?
Eu falei em blasfemar, isto é dizer mal de Deus.
e o menino responde-me com dizer mal dos muçulmanos e cristãos
cristãos, muçulmanos, budistas, xintuistas... etc., etc. há gente inteligente e gente estúpida.
O que eu critiquei foi a ofensa gratuita a DEUS e não aos seus muitos e indignos seguidores, professem que religião for.
A ver se alargas essas palas
Ok, anónimo. Eu disse 3 "coisas"; apenas a primeira está relacionada com o teu comentário: uma coisa é a blasfémia (que eu, mesmo decente e responsável, aceito, apesar de tudo e contrariamente a ti) outra é o humor. Na verdade, o que o "Jueves" faz é humor com as crendices de quem atribui a gripe a castigo de Deus -- e não blasfemar.
Os outros dois pontos são comentários ao comentário da Fátima.
Finalmente, se refiro os muçulmanos e os cristãos, é porque tenho como referência a polémica em torno das caricaturas de Maomé, confrontadas com a caricatura do "Jueves".
Em suma, não me parece que tenha palas assim tão estreitas. ;-)
Discussão interessante. Cheguei tarde? Sou o Anónimo Um, para efeitos de identificação, porque o outro é anónimo sem apelido.
O anónimo escandalizado com as blasfêmeas (tratando-se de religiões tão avessas aos valores da mulher, não seria melhor dizer blasmachos?) supostamente contra um Deus que não conhece, emula biblicamente os fariseus ao mimosear o coordenador do blog com os santamente religiosos e teológicos epítetos de «drogado e besta». Se era uma tentativa de humor, prefiro o da JUEVES.
A este defensor de deuses, deixo-lhe um trabalho para casa: descobrir o autor de: Quem diz amar a Deus que não vê e não ama o próximo que vê, é um hipócrita.
Coisas de religiões.
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