Para não esquecer...

DO CONTRA [27] religulous

Visto haver no Ai jesus! quem faz caso
(o meu computador é que não quer saber; já me aplicou por baixo do nome um risco a assinalar que não conhece a palavra. Deixá-lo!),
repito, visto haver quem faz caso das minhas recomendações cinematográficos, atrevo-me a recomendar um documentário
[já aqui recomendado],
quanto a mim soberbo, sobre as religiões e seus ridículos. Não sobre o ridículo das religiões, o que, com licença de Vossas Excelências, é bem diferente.

Trata-se do documentário de Larry Charles, apresentado pelo comediante americano Bill Maher, “conhecido pela sua astuta capacidade analítica e pelo seu empenhamento em não ser agressivo com ninguém, o qual aplica a sua característica honestidade e espírito irreverente às questões da Fé, fazendo-nos entrar numa divertida e provocatória viagem espiritual.”

É verdade! Confirmo tudo isto, e muito mais.

Os seus argumentos estão recheados de “come on!” exortando, com bonomia, os interlocutores a pensarem pela sua cabeça: “se não acredita no Pai Natal, como pode acreditar numa serpente falante?”.

Para os mais (des)informados talvez custe a engolir o facto do mito da Virgem, que concebeu sem pecado, não ser exclusivo da religião católica. E, quiçá, alguém abra um pouco “as palas”.

A mensagem final e apelo de Bill Maher são, no mínimo desconcertantes. Mas muito sérios, diria eu.

Parafraseando o poeta Ruy Belo, que pertenceu durante algum tempo à Opus Dei e estudou direito canónico em Roma, é preciso de vez em vez matar os deuses e deixá-los mudos e quedos em seus pedestais sangrentos.

No documentário também se diz o mesmo, mas com palavras outras.

Última nota de agrado -- a tradução portuguesa: Que o Céu nos Ajude.

Ámen!

escrito por Gabriela Correia, Faro

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