Na passada semana, Daniel Melingo trouxe a Portugal 2 concertos marcados pela influência do tango, dos poetas malditos do tango argentino, através do seu mais recente álbum: Maldito Tango. Em causa está "uma ponte entre os poetas malditos universais e os poetas malditos argentinos", particularmente os "lunfardos", termo que, na gíria argentina, designa os autores que começaram a compor na prisão e acabaram criando o seu próprio "idioma literário para escrever tango".
Uma visão do músico, com declarações do próprio:
Uma visão do músico, com declarações do próprio:
"Para ser Melingo -- diz-se no seu sítio da Web -- é preciso caminhar pela rua a farejar a poesia como um cão de caça. É preciso dançar como um chicote e cantar como uma cicatriz. Melingo é um músico enorme. Estudou num conservatório mas conserva pouco daquela academia. Foi -- sempre será -- um aventureiro furioso, delirante, alucinado. Um boémio de Buenos Aires, ou seja do mundo. Podemos chamr-lhe Mestre porque soube alcançar a simplicidade. Nada mais natural, então, que a gargalhada de fogo dos seus tangos".Depois do álbum "Santa Milonga"
[que "pulveriza os limites entre o sagrado e o profano", a adoração e a irreverência, a ortodoxia e a heresia],
chega a vez de "Maldito Tango". "No primeiro álbum a milonga era santa, mas isso foi antes. Agora, depois da santificação, vem a maldição. Mas, calma!, não nos enganemos com este maldito tango: Daniel Melingo venera-o, vira-o de patas para o ar, saca-lhe todo o sumo. O malandrão ressuma Buenos Aires por todos os seus poros" [o resto do texto, em espanhol, aqui].
Duas canções de Melingo, ao vivo em 2001:
E 2 dos seus álbuns:
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