Hoje é o Dia da Mãe, mais uma vez aproveitado pelo comércio para recolher dividendos. Enfim, é o Dia da Mãe. Como sou filha já cumpri o meu dever em relação à minha. E a minha filha também. Em retribuição deixo-lhe aqui os versos que lhe dediquei quando ela era pequena e me subia para o colo a fim de adormecer. E continuo a dedicar, enquanto mãe. E o comércio que se lixe.
Para a Minha Filha[Gabriela Correia. Rimas para a infância]
Dêem-me um mote
Para eu dizer em verso
O que é um cachalote
Mas não digam que eu não presto.
Dêem-me um verso
Para eu dizer em prosa
O que é uma formiga
Ou a bela mariposa
Que ao sol parece mais bela.
Mas não digam que eu não presto.
Dêem-me o mundo
Para o pôr numa bandeja
E a teus pés colocá-lo.
Mas não digam que eu não presto.
Dêem-me o céu
Que tenho pressa de cumprir o meu destino
Como o fruto pequenino.
Mas não me digam que eu não presto.
escrito por Gabriela Correia, Faro
1 comentário(s). Ler/reagir:
Obrigada Mãezinha!Eu lembro-me deste poema, bem como das cantilenas,proverbios, adjectivos de outra era e estórias de encantar.Que me faziam e fazem feliz.Esbuçando um sorriso malandro,ainda hoje os uso, embora por vezes sem lhes saber o significado.Fazem-me querer ser sempre criança. Mas é o meu refugio deste mundo malino.
Obrigada por seres minha Mãe
Beijinhos grandes e feliz dia da Mãe.
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