Para não esquecer...

O VOTO DO SENHOR BASTONÁRIO

No Público de hoje, numa crónica anunciada como a última, José Miguel Júdice (JMJ) proclama que votará no PS
[ou antes, em José Sócrates].
É um texto interessante sobretudo para quem ainda considere que o presidente do Conselho é de esquerda.

O argumento
[ou o álibi?]
principal do cronista é que é necessário continuar com o espírito reformista iniciado pelo governo ora moribundo
[o adjectivo, obviamente, é meu e não do senhor bastonário]
e só José Sócrates o pode fazer. E aqui temos o primeiro naco de prosa significativo (os negritos são todos meus): o bastonário encontra no seu candidato
"uma vontade reformista que ninguém antes dele teve com tanta intensidade (excepção feita a Sá Carneiro, que só governou um ano)".
E, após esta comparação inesperada entre os 2 grandes estadistas,
[Sócrates ainda pensará que está para nascer um primeiro ministro como ele?],
continua: "É certo que estou algo desiludido pela diminuição do ímpeto reformista, que compreendo, mas lamento. Espero que depois das eleições ele volte a tentar retomar o processo reformista e que o PSD se não coloque na posição negativista que o tem caracterizado, pois agora já não há maioria absoluta para fazer aprovar tudo sem necessidade do PSD apoiar, mesmo quando concorde".

As arengações do bastonário terminam com um juramento solene: "Tudo medido,
[esclareço eu que no tudo JMJ não inclui razões que poderão ter sido decisivas na sua decisão; por exemplo, o namoro que o pê-èsse lhe fez, designadamente, através da atribuição de um ou outro carguito. Lembram-se?]
e nesse pressuposto, vou dar o meu voto ao PS - pela primeira vez em eleições legislativas. Será um voto em José Sócrates, que fique claro. E que não voltarei a dar no futuro se o ímpeto reformista
["psicanaliticamente" curioso este ímpeto bem como a sua repetição]
que espero se não vier a concretizar. Digamos que é um voto receoso, mas com esperança. Julgo, aliás, que será assim o voto de muitos portugueses moderados. Que pouco precisam para si, mas que muito querem para Portugal e para os seus filhos e netos".

Portanto, se o cronista moribundo
[Do próprio: Vou interromper a minha colaboração com o PÚBLICO a partir de hoje]
tem razão, muitos dos votos no pê-èsse de Pinto de Sousa serão de gente moderada e de gente que pouco precisa
[esta gente que pouco precisa, por norma, precisa que os outros não precisem de muito. E sobretudo que o não tenham. Para que eles continuem a não precisar, por ter. Embora precisem de mordomos socratinos. Isto sou eu a dizer...].
escrito por ai.valhamedeus

5 comentário(s). Ler/reagir:

Dom Pedro disse...

JMJ = a si próprio

Isto é desde que a água corra para ele tudo vai bem

Já mamou em muitas tetas e, mamão como é, gosta de continuar a mamar.

Sacou sempre o que poude e fracassada a mama da "zona ribeirinha" o ex-ilustre, o ex-psd, ex-bastonário, e actual cozinheiro e estalajadeiro não perdeu a esperança de chegar ao Tejo e sabe que só com sócrates lá poderá chegar

Daí o seu apoio público

pois sabe que no PSD nunca mais vai mamar.

Dá pena ver tanta falta de caracter

E além do mais grande arruaceiro e provocador de barriga cheia

Vejam-se as declarações sobre o actual bastonário

Anónimo disse...

Pode (já se escreveu pôde!)
Por quem é...

D. Pedro, o Cru disse...

É por causa de merdas destes

(como o anónimo anterior)

que o país tem so cretinos e tantos cretinos

doutoralmente (se calhar tb com canudos domingueiros)corrigem a forma

mas nada dizem quanto à substância

Por quem é... senhor mestre escola em qualquer PRIBERAM e no "depois" encontra a nova ortografia

Anónimo cru disse...

"(como o anónimo anterior)". Anónimo ou anónima.

Anónimo cozido (cosido?) disse...

Perdão, anónimA. Sempre cosendo...