Para não esquecer...

DO CONTRA [37] a neutralidade da icar

O padre Manuel Costa Pinto
[meu ex-colega de profissão. Aquele abraço, Costa Pinto!]
foi mandatário do Bloco de Esquerda em Viseu, nas eleições de há dias.

O facto foi notícia em vários órgãos da chamada comunicação social. E com razão: não é normal um clérigo meter-se na política
[não é normal meter-se assim, claro].
Como não é normal -- como é igualmente condenável -- essa coisa herética chamada de Teologia da Libertação.

Normal é o pároco da freguesia de onde sou natural apelar publicamente aos paroquianos para que votem e votem bem -- que votem no partido que defende a doutrina da Igreja Católica
[não disse qual, nem foi preciso, porque todos os ouvintes sabem qual é].
Normal é SS (Sua Santidade) João Paulo II ter tido um papel fundamental no derrube do comunismo
[não sei se teve. Mas é comum considerar-se que sim e considerar isso normal].
Normal é SS o actual pastor alemão dar graças a Deus pela queda do comunismo.

Normal é o alto clero de Honduras apoiar o golpe de Estado. Para perceber que é normal, basta ouvir as declarações de Micheletti, que assumiu o poder após o golpe: "Eu sou o presidente de Honduras a não ser que Deus queira tirar-me daqui"
[e o alto clero, que sabe o que Deus quer, apressou-se a dizer que Deus não queria].
...embora Zelaya, o presidente deposto, também garanta que "Deus está a fazer a sua obra, Deus está a tocar o coração dos golpistas"
[só lhe falta a bênção do alto clero, que não lha pode dar, porque foi já dada a Micheletti. Quanto ao clero baixo, como sussurrou o padre Sebastián da Colonia Kennedy em Tegucigalpa, esse está proibido de falar. Compreende-se: não vá haver por ali uns restos de Teologia da Libertação...].
escrito por ai.valhamedeus

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