Há coisas curiosas nesta democracia em que vivemos. Esta, por exemplo: nesta noite de autárquicas, os comentadores das tvs estão a congratular-se com a derrota dos candidatos corruptos
[Ferreira Torres e Fátima Felgueiras são os casos mais notáveis]e a censurar os eleitores que elegeram outros, igualmente corruptos
[Isaltino a destacar-se...].
A lógica desta democracia em que vivemos é curiosa por isto: congratula-se quando as suas próprias regras se aplicam -- mas só nalguns casos. Quero dizer: o voto dos eleitores conta, mas nem sempre. Quero dizer: em determinados casos, o votos dos eleitores deveria ser em determinado sentido e não no sentido que os eleitores entendem.
Entre os comentadores, o caso mais grave é Sousa Tavares. Mas o próprio pê-èsse-dê Marques Mendes fala em "situações chocantes". Cá por mim, pergunto: se a lei, democrática, não proíbe os candidatos corruptos de se candidatarem, porque é que a ética dos votantes há-de substituir a lei, impedindo o que a lei permite?
Apetecia-me dizer que a democracia ou é total ou não é.
Entre os comentadores, o caso mais grave é Sousa Tavares. Mas o próprio pê-èsse-dê Marques Mendes fala em "situações chocantes". Cá por mim, pergunto: se a lei, democrática, não proíbe os candidatos corruptos de se candidatarem, porque é que a ética dos votantes há-de substituir a lei, impedindo o que a lei permite?
Apetecia-me dizer que a democracia ou é total ou não é.
escrito por ai.valhamedeus
1 comentário(s). Ler/reagir:
Nesta óptica, generalizando, é interessante ler as notícias sobre a fiscalização da ONU das eleições afegãs: http://www.google.com/hostednews/afp/article/ALeqM5jpHWq0uCXcLSr5FwSccrui-JPHOw
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