Para não esquecer...

A FARSA DE VPV

A crónica de Vasco Pulido Valente, no Público de hoje, é
[como seria de prever]
sobre as declarações de Saramago. Uma lástima, ao "melhor" estilo da mediocridade que tem caracterizado as reacções públicas às ideias do escritor.

O que VPV faz é atacar Saramago
[em vez de atacar as ideias],
que
"tem 80 e tal anos, coisa que não costuma acompanhar uma cabeça clara, e que, ainda por cima, não estudou o que devia estudar, muito provavelmente contra a vontade dele".
Atira depois para o Prémio Nobel, com farpas do género das anteriores: "
"ganhou o Prémio Nobel, como vários "camaradas" que não valiam nada, e vendeu milhões de livros, como muita gente acéfala e feliz que não sabia, ou sabe, distinguir a mão esquerda da mão direita".
Finalmente recorda o que fez no PREC, depois do qual
"Saramago está mesmo entre as pessoas que nenhum indivíduo inteligente em princípio ouve".
E sobre as ideias que Saramago tem exposto? Qualificativos, também e nada mais.
"Saramago não disse mais do que se dizia nas folhas anticlericais do século XIX ou nas tabernas republicanas no tempo de Afonso Costa. São ideias de trolha ou de tipógrafo semianalfabeto, zangado com os padres por razões de política e de inveja. Já não vêm a propósito".
Ou seja, Saramago não tem razão, porque o que ele diz é o que dizem os trolhas e analfabetos -- e o que diz essa gentalha, diga o que disser, não é verdade. Belíssimo argumento
[falacioso. Daquelas falácias básicas uqe qualquer aluno do secundário é capaz de identificar... Mas, vindo de um intelectual que nem é trolha nem analfabeto, deixa de ser falácia].
Do mesmo teor de outro argumento
[igualmente muito complexo, sobretudo a partir de determinadas horas da noite, em noites que a sede aperta]:
Saramago não tem razão quando emite opinião sobre a Bíblia, porque
"não assiste a Saramago a mais remota autoridade para dar a sua opinião sobre a Bíblia ou sobre qualquer outro assunto, excepto sobre os produtos que ele fabrica, à maneira latino-americana, de acordo com o tradição epigonal indígena".
De quem é a culpa?, perguntaríamos neste ponto. VPV responde: do "regime de liberdade, aliás relativa, em que vivemos" que "permite ao primeiro transeunte evacuar o espírito de toda a espécie de tralha".

Seguindo o tipo de "argumentação" de VPV
[para que ele verifique que há trolhas e analfabetos como eu que também são capazes de chamar nomes],
concluo que é esse mesmo regime de liberdade, aliás excessiva, que permite a qualquer cronista evacuar as asneiras que os uísques fazem ferver nos intestinos e na figadeira, a altas horas da noite, depois de ter desfeito o cérebro em vapores etéreos. Com o pequeno detalhe, que faz grande diferença, de que, no caso destes cronistas, as tralhas evacuadas pagam bem o preço dos uísques emborcados. Louvado seja o Altíssimo!...

escrito por ai.valhamedeus

2 comentário(s). Ler/reagir:

Conchita disse...

Ora aí está.

VPV falou e disse

E o que disse, disse bem e em voz alta e desta vez nem precisava de ter ao lado o copo.

Saramago é uma nódoa na coltura portuguesa.

É trauliteiro e ainda por cima está sempre siaponível para trair os seus companheiros de "route"

Foi uma vergonha à frente do DN e continuou a ser uma vergonha quando fugiu para as Canárias bem como quando veio apoiar o Costa.

Ele é que se excluiu da pátria portuguesa.
(Agora ninguém se deve admirar se o quiser ver pelas costas)

Traiu os companheiros e fê-lo sem sentimento de culpa.

É uma criatura amoral.

Primeiro ele, depois ele e por fim ele.

Vaidoso e prepotente

Claro, como lhe deram um Nobel passou a ser gente importante em quem nem todos têm coragem de malhar.

Eu, de saramago, nem digo bem nem digo mal...
digo a verdade

Anónimo disse...

Ora, ora...
o sr Saramago pode interpretar como quiser, mas o Pulido Valente, não...
afinal saramago quer ocupar o lugar de Deus que diz não existir... ou quer simplesmente dizer depois de todo este alarde "o Deus de que falo sou eu!!!"